Autarcas da AMP ameaçam aplicar “medidas judiciais” sobre operadoras da UNIR

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Vários autarcas da Área Metropolitana do Porto (AMP), especialmente os abrangidos pelo lote 5 da rede de autocarros UNIR, ameaçaram nesta sexta-feira (5) procedimentos contratuais e jurídicos contra os operadores que, passados quatro meses desde o início do funcionamento da rede, continuam sem publicar horários.

Segundo o vice-presidente da AMP e autarca de São João da Madeira, Jorge Sequeira, “nós estamos a levar a cabo todas as diligências junto da empresa para que isso aconteça, mas há um tempo para tudo, e teremos efetivamente de chegar a um ponto, a muito breve trecho, em que serão aplicadas as medidas contratuais e judiciais necessárias para resolver esta situação de imediato”.

Questionado qual será o momento para a AMP agir, disse não pode precisar “exatamente qual o dia e a hora”, mas afirmou que, “de facto, estamos a chegar mesmo ao limite e terá de ser muito rápido e muito breve”.

“Eu sei que nós temos contactos, as Câmaras com a AMP, mesmo aos fins de semana e feriados há contactos e diligências, mas o que podemos dizer é que esse momento está próximo”, garantiu aos jornalistas.

Apesar do “período normal de adaptação”, Jorge Sequeira referiu que “há questões às quais não estão a ser dadas respostas”, e que “é bizarro que uma operação de transportes públicos decorra sem que as pessoas conheçam os horários e as frequências desses mesmos transportes”, indicando que “os cidadãos que se queixam têm toda a razão em queixar-se”.

De acordo com a agência Lusa, o presidente da Câmara da Póvoa de Varzim, Aires Pereira, também vincou a necessidade de se “colocar exigência em cima dos operadores para o cumprimento do caderno de encargos e para o cumprimento das suas obrigações, para as quais estão a ser remunerados”.

Já Sara Lobão, vice-presidente da Câmara de Vila do Conde, alertou que a AMP pode estar a pagar “quilómetros que não são feitos pelos operadores”, por falta de implementação de um sistema de fiscalização das rotas efetuadas, diz a Lusa.