Bloco de Esquerda acusa Luís Montenegro de “promessas vazias”

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Foto: José Carlos Marques/CMPV

Nas comemorações do 51º aniversário de elevação da Póvoa de Varzim a cidade, o primeiro-ministro prometeu que “o Governo não deixará de tomar uma decisão efetiva” quanto à ampliação do Centro Hospitalar, à construção de um nó na A7 em Balasar, o assoreamento da barra do porto de pesca e à concessão da zona de jogo. Contudo, no Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) não estão contempladas verbas para essas quatro reivindicações. Bloco de Esquerda acusa Montenegro de “promessas vazias”.

Num comunicado, o Bloco de Esquerda/Póvoa de Varzim constata “com consternação” que “o Governo não irá assegurar cuidados de saúde robustos e de proximidade para as 150 mil pessoas dos dois concelhos”, visto que no OE2025, para a ULS Póvoa/Vila, está previsto um investimento de cerca de quatro milhões, número que se refere “apenas à conservação e reparação dos 16 edifícios [dois hospitais e 14 USF], aquisição de equipamento e software”.

O partido “reivindica a ampliação do Centro Hospitalar, um projeto prometido às populações da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde e que lhes irá facultar condições de tratamento de saúde proporcionais à qualidade dos profissionais que trabalham nesse espaço”, até porque os dois municípios estão “de acordo quanto ao projeto” e alocaram ambos “verbas para o executar, existindo um terreno disponibilizado pelo município da Póvoa de Varzim e tendo, inclusivamente, existido fundos comunitários disponíveis”.

Por isso, entende que “a ‘não decisão’ de Luís Montenegro é sinónimo de desdém por uma saúde para todos e universal”, lê-se na nota.

“Consequências inadmissíveis”

Já quanto ao nó da A7 em Balasar, o Bloco relembra que esta é uma pretensão das populações da Póvoa de Varzim e de Famalicão, que aguardam uma resposta “desde 2019”. “Com a saturação da N206, as empresas locais das freguesias de Fradelos, Balasar, São Pedro de Rates, Macieira de Rates, Negreiros e Chavão iriam beneficiar financeiramente com a melhoria da mobilidade”, aponta.

Indica também que “a Ascendi, concessionária da via, iria assumir o custo da construção do Nó, enquanto as Câmaras Municipais iriam comprometer-se com os valores referentes às vias de acesso. Ou seja, não haveria quaisquer custos para os utilizadores”.

Por essa razão, e “em defesa dos melhores interesses do município” no que respeita “à Saúde e Acessibilidade”, o partido “denuncia as promessas vazias feitas pelo Primeiro-Ministro na sessão solene de 16 de junho”. Para o Bloco de Esquerda, são “inadmissíveis as consequências destas na Póvoa de Varzim”.

Afirma ainda que o OE2025 é “mais uma prova de um conjunto de políticas que em nada beneficiam as poveiras e poveiros”.