Especialista propõe fim da testagem maciça e alívio nas medidas covid-19

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O Infarmed acolheu, na manhã desta quarta-feira, mais uma reunião de peritos e políticos para discutir as medidas relativas à pandemia da covid-19. Raquel Duarte, especialista e ex-secretária de Estado da Saúde, propôs um plano de dois níveis, 0 e 1, com alterações às restrições.

O nível 1, defende a especialista, poderia começar já. O certificado digital passaria a ser exigido apenas em contextos de saúde ocupacional, deixando de ser necessário teste para entrar em bares e discotecas. A testagem seria feita num contexto de “sentinela”, favorecendo populações de maior risco, funcionários de pré-escolar, pessoas com sintomas em contexto de diagnóstico e locais de maior risco de transmissão.

Relativamente às máscaras, Raquel Duarte defende a continuidade da obrigatoriedade em locais interiores públicos e serviços de saúde, transportes públicos, locais exteriores de grande densidade populacional. Os profissionais de saúde que trabalham com populações mais vulneráveis devem também utilizar máscara.

Nas fronteiras, deixaria de ser necessário teste negativo para quem tiver certificado digital válido.

Com avaliações quinzenais, e quando a mortalidade por covid-19 for inferior a 20 casos por milhão de habitantes a 14 dias, pode ser admitido o nível 0, defende a especialista.

Aí, a máscara deixa de ser obrigatória (mas recomendada para quem tenha sintomas), bem como deixa de ser exigido o certificado digital. As fronteiras poderiam voltar ao normal pré-pandemia.

No entanto, Raquel Duarte relembra que “é preciso manter a vigilância” e que “há ameaças que não devem ser esquecidas”. As medidas propostas são avaliadas pelo Conselho de Ministros ainda esta semana.