Projeto vai transformar sargaço em biofertilizantes, produtos farmacêuticos e cosméticos

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Foto: ValSar

Uma equipa da Universidade de Coimbra (UC) tem o sargaço como ponto de partida para o desenvolvimento de novos biofertilizantes e bioestimulantes para aplicação na agricultura, bem como produtos para o setor farmacêutico e cosmético. O projeto visa identificar oportunidades de negócio que permitam promover o desenvolvimento local, explica a UC em comunicado.

O projeto ValSar: Valorização do Sargaço da Costa Litoral Norte passa pela caracterização do sargaço, a “denominação dada na costa litoral norte à mistura de diferentes algas que crescem nas plataformas rochosas e são desprendidas dos rochedos com o movimento das ondas, depositando-se na beira-mar”.

Em seguida, serão realizados estudos e ensaios com os compostos extraídos do sargaço. A terceira e última etapa a que a equipa se propõe é a “disseminação do conhecimento produzido”, tanto junto da comunidade científica e do público em geral como junto de investidores.

Como relembra a coordenadora do projeto Cristina Rocha, “a apanha do sargaço foi uma atividade económica muito relevante no passado, sobretudo na agricultura, mas atualmente é uma prática quase extinta no litoral norte, entre Viana do Castelo, Póvoa do Varzim e Vila do Conde, zona do país onde a apanha do sargaço era mais comum”.

“Queremos valorizar este conjunto de algas que abundam na nossa plataforma continental e que estão subaproveitadas. O sargaço é uma mistura orgânica muito rica, quer em termos de compostos minerais quer em termos de compostos bioquímicos”, continua a investigadora.

Notícia completa na edição impressa de 9 de março