PS/Póvoa sugere formação e sensibilização de técnicos da Câmara para tema da violência doméstica

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No passado dia 6 de novembro, realizou-se no Diana Bar uma conferência sobre o tema da violência doméstica. Na altura, uma vítima mostrou-se insatisfeita como atendimento da Câmara Municipal, quando esta pediu ajuda. Esta questão foi levantada na reunião do executivo municipal, realizada na terça-feira, pelos vereadores do PS, a propósito do Dia Internacional para o Combate à Violência Doméstica, assinalado a 25 de novembro.

Na reunião, os vereadores perguntaram porque é que os serviços municipais não estão a corresponder às expectativas de algumas vítimas e que melhorias podem ser feitas. “A vereadora respondeu-nos que tem consciência que, por vezes, as respostas que se dão não são as respostas ideais, são aquelas que são as possíveis em determinada altura, e assegurou-nos que a relação existente entre a Câmara e a Cruz Vermelha, que é quem operacionaliza no terreno a resposta a este tipo de situações, é uma boa relação e tem um serviço de qualidade”, explicou João Trocado.

Nesse sentido, o PS sugeriu que seja dada uma formação ou sensibilização aos técnicos do município, que são quem muitas vezes contacta inicialmente com as vítimas, de maneira que haja mais empatia e uma resposta mais humana. “É um tema que nos preocupa imenso e que deve preocupar toda a sociedade, inclusive a sociedade poveira, sendo o crime mais prevalente no nosso concelho. Deve ser alvo de uma resposta política mais eficaz e maior na nossa opinião”, considera João Trocado.

Aos jornalistas, Luís Diamantino apontou que “temos um protocolo com a Cruz Vermelha, temos uma casa-abrigo, que é um apartamento”, mas que “as vítimas que precisam de sair da Póvoa de Varzim não podem fazê-lo aqui”.

“A Câmara Municipal tem prestado apoio per si no que diz respeito a apoio financeiro, vai ao Fundo de Emergência Social e apoia as vítimas. A delegação da Cruz Vermelha tem os técnicos formados, preparados para acompanhar todo esse processo. No entanto, há a expectativa da vítima, que não casa muitas vezes com a morosidade do processo. E todos nós sabemos que é assim. Queixamo-nos sempre de que as coisas não funcionam, mas que tem patamares de resolução, e é isso que nós temos de entender”, referiu o vice-presidente.

Segundo Luís Diamantino, “quando diz que é vítima, já é um processo de coragem da pessoa que é vítima, e que nós temos de acompanhar logicamente. Nesses casos que foram apresentados, a Câmara Municipal também acompanhou o processo, e a Cruz Vermelha também fez o mesmo. Agora, claro que as expectativas que as vítimas têm é que a solução apareça de imediato e que resolva todo o assunto, mas isso não é possível, aqui nem é possível em nenhum lado”.

Este texto faz parte de um artigo publicado esta semana no jornal MAIS/Semanário, que pode ler na íntegra na edição digital (PDF).