José Festas lidera a Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar há 13 anos, e afirma que o último tem sido o “mais difícil”, não só pela pandemia, mas também pelas dificuldades dos pescadores. O dirigente apela a um maior apoio das entidades nacionais e locais. Apesar dos grandes desafios, o mestre espera entregar os armazéns a 10 de outubro.
Qual o objetivo deste mandato?
O primeiro e principal objetivo é concluir o projeto dos armazéns. Posso dizer que o último ano tem sido o mais difícil dos 13 que estou na Pró-Maior, muito por causa da pandemia. O primeiro pescador supostamente infetado, no mês de abril, provocou a paragem de duas embarcações durante dois dias atracado no porto de pesca da Póvoa. Nessa altura, apesar dos nossos esforços e da sensibilização para o assunto, o Delegado de Saúde local não se portou bem com os pescadores, o que lamentamos. Não passou de uma suspeita, na finalidade não havia ninguém infetado.
E houve outras dificuldades além da Covid?
Sim, desde logo por não haver apoios de ninguém. A Pró-Maior tinha um apoio muito forte que eram os seguros, mas a seguradora foi aumentando o seguro ao pescador, com razão porque havia acidentes e a nossa receita estava a diminuir drasticamente. Há 4 funcionários e não recebemos um cêntimo a não ser dos associados. A pesca está péssima porque este é um dos piores anos que estamos a viver.
Entrevista completa na edição papel desta semana