A Universidade Sénior do Rotary Club da Póvoa de Varzim entrou esta quinta-feira em mais um ano de funcionamento, desta feita com 77 alunos, número que contrasta com os 234 inscritos que estavam inscritos no final do passado ano letivo. “Desta vez, com menos beneficiários e menos juntos”, disse Miguel Loureiro, coordenador geral da Universidade Sénior do Rotary Club da Póvoa, na sessão de abertura do ano letivo, reconhecendo também todos os professores, a quem chamou “os pilares da nossa anterior autossustentabilidade”, e aos alunos “que ainda pensam que nunca é tarde para ser feliz”. O coordenador agradeceu ainda à Câmara Municipal pelo apoio à continuidade do projeto, e espera que apesar das dificuldades surjam mais inscrições.
Este sentimento foi partilhado por Teresa Castro Lopes, presidente do Rotary poveiro que sublinhou “que poderíamos estar aqui numa sessão de encerramento” enaltecendo o contributo da autarquia para a continuidade desta atividade. A presidente aproveitou a ocasião para lembrar Afonso Fernando, fundador da Universidade Sénior”, já falecido.
Covid-19 foi tema de debate
A sessão incluiu uma apresentação de Rute Lemos sobre o tema “O Covid-19 e o idadismo”. Esta forma de discriminação com base na idade acentuou-se com a pandemia e, segundo a professora, é uma “violação dos direitos humanos”. Rute Lemos disse ainda que as medidas de prevenção contra o novo coronavírus devem ter em conta que “o sedentarismo mata” e “o isolamento físico não significa um isolamento social”.
A abertura do ano escolar da Universidade Sénior, que decorreu no Cine-Teatro Garrett, contou com a presença do presidente da Câmara da Póvoa de Varzim, Aires Pereira, que reiterou esta ideia ao dizer que “é uma falsa proteção dizermos que protegemos os mais velhos se os fecharmos em casa”. Na sua intervenção, o autarca garantiu também o apoio do município para o novo ano letivo. “Era impensável que o projeto da Universidade Sénior terminasse aqui”, afirmou.
Reportagem alargada na próxima edição a 16 setembro.
Foto CMPV