Empresa de Laúndos antecipou segunda vaga e aumentou para 80% os fornecedores nacionais

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A Energie, empresa poveira de painéis solares termodinâmicos, aumentou para 80% a percentagem de fornecedores de componentes nacionais para a construção dos seus sistemas, comunicou na quarta-feira o responsável da fábrica instalada no parque industrial de Laúndos, Luís Rocha.

“A pandemia da Covid-19, nomeadamente a fase de confinamento, colocou em evidência a necessidade de as empresas diversificarem fornecedores. Foi exatamente neste contexto que a empresa 100% portuguesa Energie, produtora de painéis solares termodinâmicos, iniciou a procura de novos fornecedores de componentes que são utilizados nos sistemas solares”.

Notando que “a propagação do novo coronavírus desencadeou uma situação de crise nas cadeias de abastecimento a nível global”, a empresa sentiu “dificuldades em importar peças e componentes” nos “primeiros tempos da primeira vaga da pandemia” justificado pelo “encerramento de algumas fronteiras”, disse o CEO da empresa em comunicado.

Cerca de “70% das componentes utilizadas no fabrico dos sistemas solares” provêm do exterior, Luís Rocha relatou que a solução foi o recurso ao mercado interno.

“Sabíamos que viria uma segunda vaga e que continua a não existir uma ideia concreta da dimensão que a pandemia vai assumir durante o inverno” e, por causa disso, a empresa foi à procura de “empresas portuguesas” capazes de assegurar o fornecimento, “na certeza de que esta proximidade implicará menos riscos durante períodos mais críticos da pandemia”.

Segundo Luís Rocha, a qualidade dos componentes e o preço praticado pelas empresas nacionais “são competitivos”.

“Conseguimos arranjar soluções que garantem competitividade em relação a outros importadores. Tanto mais que, atualmente, 80% dos componentes utilizados na produção dos sistemas solares termodinâmicos Energie são made in Portugal”, disse.

A empresa “produziu em 2019 cerca de 10 mil painéis solares e exportou para cerca de 50 países, entre Espanha, França, Itália, Dubai ou Austrália”, lê-se no comunicado.