A Direção-Geral da Saúde disse esta quinta-feira que há “boas notícias” relativamente à pandemia em Portugal: terá sido a 25 de novembro que se deu a “consolidação de um pico” e que se tem registado uma “tendência de descida” dos contágios.
Segundo o representante da DGS, André Peralta Gomes, deu-se um “desagravamento em vários municípios, sobretudo na região norte”, apesar de, aí, as incidências ainda serem “muito elevadas”.
Óscar Felgueiras, da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, disse sobre o norte que houve uma “descida generalizada em quase todos os distritos” da região, exceção feita a Vila Real. Zonas do Porto, Maia e Matosinhos já têm menos de 960 infetados por 100 mil habitantes.
O pico de casos na região deu-se relativamente cedo, entre 29 de outubro e 4 de novembro, a que se seguiram vários dias de “estabilização”. Porém, o pico não foi igual em todas as faixas etárias: acima dos 70 anos, ocorreu entre 9 e 12 de novembro.
Esta quinta-feira, especialistas e dirigentes políticos voltam a reunir-se para analisar a situação da Covid-19, no Infarmed em Lisboa, com a presença do presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa.
Pico das mortes no final do ano
Há a estimativa de que o pico de óbitos se atinja no final de dezembro, com uma média de 76 óbitos diários.
O acumulado no fim do ano deverá andar entre os 6 mil e 6500 mortos desde o início da pandemia.