“Antes de passar à análise dos votos é merecida uma palavra de agradecimento a todas as pessoas que colaboraram na organização do ato eleitoral na Póvoa de Varzim, em especial ao Dr. Jorge Caimoto, pessoa que trata de todo o processo de logística e por aquilo que nos dado a apreciar hoje (domingo), tudo correu dentro da normalidade, num processo muito bem organizado com a participação de muitos funcionários do município, também para ajudar na distribuição”, sublinhou Aires Pereira, presidente da Câmara da Póvoa de Varzim, na noite de apuramento dos resultados das eleições presidenciais.
O autarca deixou também um agradecimento “a todos os poveiros que votaram neste ato eleitoral com uma abstenção que rondou os 57%, compreensível por força da situação pandémica que atravessamos, como a situação climatérica, e a Póvoa de Varzim mais uma vez deu um exemplo de participação democrática num ato eleitoral”.
Quanto aos resultados, Aires Pereira disse “muito em linha com aquilo que se passou há cinco anos. Marcelo Rebelo de Sousa ganha com um resultado muito expressivo e se atendermos ao aumento da abstenção é um resultado em linha do que se passou há 5 anos”.
“Surpresa à esquerda”
“Ana Gomes fica em segundo lugar quase com os mesmos votos que André Ventura, numa diferença de 70 de votos, e o resto foram resultados do que se estava à espera, com a surpresa de Vitorino Silva que fica à frente de Marisa Matias e João Ferreira apoiados por partidos implantados no concelho, BE e CDU que apoiavam estes dois candidatos e têm aqui motivo para refletir quanto ao resultado”.
“Parabéns ao professor Marcelo Rebelo de Sousa com 5 anos pela frente numa altura particularmente difícil e será necessário a sua forma única de gerir a política portuguesa na presidência da república”.
No período de perguntas, foi questionado sobre a reflexão da esquerda, se a mesma foi penalizada?
“Atendendo ao histórico destes partidos, naturalmente que a esquerda já penalizada, ao contrário de André Ventura que fez um resultado com bastante significado”.
Sobre a abstenção de 57,11% na Póvoa de Varzim?
“Não tenho dúvida que já somos uma democracia muito madura e as pessoas desde que tenham condições de votar o façam. Basta ver o que foram as eleições para o Parlamento Europeu, para se perceber que as pessoas queriam ir votar”.
Estes resultados podem ser analisados para as autárquicas a realizar no final do verão?
“Acho que nenhum destes candidatos será candidato às eleições autárquicas e quando nós tivermos o quadro daquilo que serão os candidatos, depois podemos falar sobre essa matéria e é completamente extemporâneo fazer qualquer tipo de juízo, e a partir daqui para concluir seja o que for relativamente a um ato eleitoral que diria que nem sequer está no adro. Serão num quadro difícil, com muitos meses de pandemia pela frente, e as eleições autárquicas são muito táteis, onde o contacto é muito importante e neste cenário não é possível e como se vai desenvolver o próximo ato eleitoral”.
A organização de hoje (domingo) e na disposição das mesas de votos, já foi um teste para as eleições autárquicas?
“Nós não vamos ter grandes diferenças relativamente ao número de mesas de votos e aos locais, serão os mesmos, a Eça de Queirós e a Flávio Gonçalves. A organização deixou de ter o cartão de eleitor e toda a gente sabe que vai votar por ordem alfabética. Fizemos aqui um esforço para escolhermos novos sítios nessas escolas para que pudéssemos compatibilizar isto com a situação pandémica que temos, e foi um bom ensaio para os próximos atos eleitorais que vão acontecer na Póvoa de Varzim”.
Para além das duas escolas, admite acrescentar outros novos locais para as mesas de voto?
“Não, já estamos todos habituados, onde as condições físicas são boas. Acho que é mau andarmos sempre a mudar e aquelas duas escolas têm todas as condições para a realização de eleições”.
Foto arquivo