A empresa de conservas A Poveira, desde a época de Natal até agora, tem vindo a despedir largas dezenas de trabalhadores, na sua maioria mulheres que, numa situação de “precariedade brutal”, são despedidas, contratadas, despedidas novamente e chamadas outra vez, recorrendo a empresas de trabalho temporário. Quem o garante é a Comissão Concelhia da Póvoa de Varzim do PCP, esta terça-feira em comunicado.
A mesma fonte diz também que a empresa, situada em Laúndos, “deve dezenas de horas” às trabalhadoras, aquando da aplicação do Banco de Horas. Durante meses, estas mulheres disponibilizaram-se a fazer horas extraordinárias e, agora, “vêem-lhes negados” o pagamento destas.
O PCP considera esta uma situação “inaceitável” quando é conhecido que esta empresa aumentou a produção no ano de 2020 e tem em construção uma nova unidade de produção.
“A empresa precisa destas trabalhadoras e é inaceitável que os vínculos destas mulheres sejam com empresas de trabalho temporário em vez de serem efetivos e com a própria empresa”, é referido.
A Comissão Concelhia do PCP está “solidária” com as trabalhadoras d’A Poveira e apela “à sua luta organizada, que se sindicalizem no seu sindicato de classe, o STIANOR/CGTP, e exijam a sua vinculação com a empresa”.
Os deputados do PCP na Assembleia da República irão agora questionar o governo sobre esta situação.