Os bombeiros de Póvoa de Varzim e Vila do Conde começaram na manhã desta sexta-feira a ser vacinados contra a covid-19, no Centro de Vacinação instalado na antiga escola do Cruzeiro, em Aver-o-Mar. O processo estende-se até à próxima semana e abrange, nesta fase, metade do efetivo de cada uma das corporações, ou seja, 35 operacionais da corporação poveira e 58 da vila-condense.
No caso da Póvoa foram já hoje vacinados 19 elementos. O comandante Francisco Nova considera que os bombeiros deveriam ter sido incluídos mais cedo nos grupos prioritários: “Penso que foi tarde, não só os da Póvoa mas de todo o país, porque nós estamos na linha da frente. Esperemos que agora o processo decorra com mais rapidez”, partilhou ao MAIS/Semanário.
O comandante da corporação poveira sublina que “estes 11/12 meses foram de muito sofrimento. Infelizmente, tivemos alguns bombeiros infetados, é sempre uma situação incomoda porque além de ficarmos sem os elementos operacionais, também alguns deles têm problemas de saúde graves e que nos causa pronto, são nossos colegas, são nossos companheiros, deixa-nos preocupados”.
“Queríamos igualdade para todos”
Do contingente vila-condense foram hoje incluídos 31 bombeiros, e na semana que vem serão mais 37. Isso corresponde, lá está, a metade do total, o que gerou alguns constrangimentos, obrigando a que outros tenham de ficar de fora para já:
“Cria-nos um problema ao nível da seleção dos operacionais, uma vez que nós queríamos igualdade para todos”, lamentou o comandante Carlos Gomes. “Optámos por aqueles que estão mais vezes na primeira linha, nomeadamente os bombeiros profissionais. Em relação aos voluntários, serão vacinados os que fazem mais horas”.
Sobre a segurança que a vacina pode trazer, Carlos Gomes, comnadante dos Bombeiros de Vila do Conde, explica que “se calhar será criada uma sensação de segurança, mas essa sensação de segurança não deve ser exagerada. A vacina, um dos principais objetivos, é que não nos crie uma sensação de segurança e que nos leve ao facilitismo. Apesar de sermos vacinados teremos que utilizar todas as medidas de proteção que utilizávamos até à data. Não vamos dizer que tomámos a vacina e agora vamos andar à vontade, não, a segurança tem que ser mantida e a proteção vai continuar igual”.
Daqui a três semanas estes bombeiros vão receber a segunda dose.
Fotos José Alberto Nogueira