Aumenta utilização da ciclovia da Póvoa em tempo de pandemia

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Até 1995, a Póvoa de Varzim e Famalicão estavam ligadas pelo caminho-de-ferro. Entretanto, passou a existir outra forma de conexão entre cidades: a ciclovia. Pelos 28 quilómetros de caminho, 18 dos quais na Póvoa de Varzim, muitos aproveitam para andar de bicicleta, fazer corridas, caminhadas ou até para passear. Durante o confinamento e enquanto a marginal esteve fechada, o número de utilizadores aumentou.

A ciclovia Póvoa de Varzim-Famalicão já existia há alguns anos, porém as condições não eram as melhores. Por isso, em 2018, iniciou a empreitada de recuperação do caminho. Na altura, o presidente da Câmara Municipal, Aires Pereira, anunciou a aplicação de “pavimento e sinalização comum” em colaboração com a autarquia famalicense, bem como a recuperação da “iluminação e algumas das antigas estações”.

E esta obra deu frutos, de acordo com muitos dos utilizadores da ciclovia. Catarina tem 20 anos e recorre à pista para vários fins: para andar de bicicleta, correr ou passear a sua cadela. “É um excelente espaço, e acho que a sua construção foi uma mais valia”, afirma. Segundo a jovem, “é dos locais com melhores condições, pelo pavimento e segurança relativamente às estradas”. Em tempos de pandemia, a ciclovia é uma boa opção, conta, mas ressalva que aos fins de semana a tenta evitar.

“A afluência de pessoas é muito maior”, comenta Catarina, e, para quem quer exercitar com segurança e evitar contacto com outros indivíduos, manter o distanciamento fica complicado. Por isso, aos fins de semana, “há um outro local mais perto de casa onde faço os meus passeios higiénicos”. Por ter outras alternativas, Catarina explica que “para mim a ciclovia não foi um refúgio, mas sinto que para muitas pessoas o foi”.

Foto principal José Alberto Nogueira