A pandemia trouxe a Balasar “solidão e tristeza” com o encerramento das atividades do santuário e dos peregrinos, disse José Araújo, presidente da Junta de Balasar, mas considera que a freguesia tem resistido dado que uma grande parte da população se dedica às atividades agrícolas e da construção civil. O autarca aponta a requalificação do edifício da junta como objetivo para os próximos meses, após a construção do parque verde e do complexo desportivo.
A pandemia tem condicionado o ritmo da freguesia, essencialmente
no aspeto económico? É claro que a freguesia não passou ao lado da crise económica; os prejuízos são muitos: Fecharam os restaurantes, as lojas de recordações, algum comércio, emigrantes que não regressaram, algumas pessoas que faleceram, grupos e associações que não funcionam, desportos suspensos, desemprego, suspensão das atividades para idosos (ginástica, convívios, praia sénior, magusto, entre outros). Mas foram também a ausência das festas de Natal, de Carnaval, de S. Martinho e outras, que ampliaram a perda que os balasarenses sofreram; tudo isso agravado pelo dramático isolamento social e familiar que obrigou as pessoas a afastarem-se, a recolherem-se e a relacionar-se com os outros à distância, sem afetos, como se fossem verdadeiros inimigos pestilentos.
Mesmo assim, Balasar é uma freguesia onde a agricultura e a construção civil ocupam uma boa fatia da população e estes setores de atividade, têm resistido melhor do que os que dependem essencialmente do turismo.
Apesar da covid-19, a Junta tem conseguido cumprir o Plano e Orçamento, e a concretização de obras? A Junta de Freguesia já tinha traçado um plano de obras bastante audacioso antes da crise, no final de 2019, e não só cumpriu os seus objetivos para 2020 como conseguiu ir bastante mais longe do que tinha previsto, com a ajuda da Câmara
da Póvoa de Varzim e do seu Presidente que compreenderam e foram sensíveis aos nossos pedidos e necessidades e nos apoiaram e incentivaram.
Atualmente a Junta tem em andamento e em projeto um programa ambicioso para a freguesia: • “Edifício da Sede da Junta de Freguesia”espera concluir a 2ª fase. • “Parque Verde”, Iniciar a construção de infraestruturas de apoio. • “Rua de Sta. Eulália” continuar a ampliação e regularização do piso até poder, quando for possível, instalar o saneamento.
• Outras – Irão sendo feitos alguns melhoramentos e reparações de pequena
envergadura que pontualmente sejam necessários.
Quanto a obras novas, esperamos con cluir a construção de uma via pedonal “Dona Benta” iniciar as obras da estação de Fontainhas, reparar a Escola da Quinta e criar de uma creche para que os pais não tenham que colocar os filhos nas escolas das freguesias vizinhas.
Outras grandes obras – O Nó Da A7, o Centro Social com a capela mortuária, o saneamento, criação da zona industrial e também a construção do santuário e de tudo o que o envolve e são projetos de
grande dimensão que irão certamente trazer grandes benefícios para a freguesia e para a região. Embora estas obras nãodependam da Junta de Freguesia, esta irá fazer tudo o que está ao seu alcance para que não passem ao esquecimento e se tornem realidade.
E espaços para a prática de desporto, manutenção física e lazer. De facto, Balasar foi muito enriquecido com espaços de utilização pública e livre
que ninguém imaginaria há meia dúzia de anos; hoje, não falta por onde escolher: O Parque Verde, a Ciclovia e os caminhos florestais da freguesia, o complexo Desportivo, os jardins públicos ou o Rinque desportivo; é só escolher.
Excerto de entrevista publicada no jornal de 10 de março.