Falar de Desporto nestes tempos é falar de reinvenção e desejo de regresso. Silenciosamente os atletas e os seus treinadores têm sido resilientes e vão conseguindo encontrar novas formas de comunicar, supervisionar e monitorizar os atletas adaptando-se à nova normalidade e às circunstâncias. Olhando para as medalhadas de ouro que os portugueses conquistaram nos Campeonatos de Europa de Atletismo em Pista Coberta e o apuramento da Seleção de Andebol para os Jogos Olímpicos, podemos afirmar orgulhosamente que estamos a conseguir reinventar o desporto mantendo o caminho para o sucesso. Por outro lado, na formação, a história já não é tão gloriosa, o desafio mantém-se e o apelo à imaginação para manter o desporto próximo dos mais novos revela-se tarefa árdua.
Pela nossa cidade, começam a aparecer as luzes ao fundo do túnel e anuncia-se o regresso de várias modalidades para os mais jovens. Que se preparem os equipamentos e se contactem os dirigentes e treinadores das mais variadas instituições onde praticavam o seu desporto porque umas modalidades regressam já dia 5 de abril, se consideradas de baixo risco, e outras dia 19 de abril por serem consideradas de risco moderado.
Até que este tão desejado momento chegue, se és apaixonado pelo atletismo, nasceste entre 2004 e 2009 e queres saber um pouco mais sobre a prática deste desporto no nosso concelho e a nível nacional, adere à iniciativa promovida pela página Atletismo4all e participa no Quizz/Jogo “Atletismo em Quarentena”
Num momento em que todos, enquanto cidadãos comuns, percebemos que a suspensão da prática desportiva e do exercício físico teve um impacto negativo não só a nível físico, mas também psicológico, social, educativo e até económico ou turístico, é com agrado que todos devemos olhar para o seu regresso e adotar a prática ao estilo de vida. Não só por razões de saúde e bem estar, mas também porque creio, tal como Nelson Mandela, que “O Desporto tem o poder de mudar o mundo”, sabiamente ele olhava para o desporto como sendo um caminho de esperança onde antes só se via desespero, defendia que a sua língua é universal e acreditava que o desporto promove a inclusão, a participação equalitária e quebra barreiras e estereótipos da sociedade como poucas outras coisas conseguem fazer.
Henrique Ferreira