Foram esta sexta-feira condenados três homens a penas entre 12 e 15 anos de prisão por quatro roubos qualificados, dois dos quais a carrinhas de valores e os outros a cidadãos chineses, nomeadamente comerciantes da Varziela, Vila do Conde. O processo tem mais dois arguidos, que foram igualmente condenados a penas de prisão efetiva, uma de seis anos e a outra de cinco anos e três meses.
No caso dos assaltos aos estrangeiros, a acusação diz que os arguidos perceberam que os comerciantes daquela comunidade chinesa instalada na zona industrial de Varziela se deslocavam, com regularidade, a instituições bancárias de cidades limítrofes (Braga ou Porto), levando com eles avultadas quantias em numerário que aí depositavam.
“Também perceberam os arguidos que essa comunidade é extremamente fechada e algum desse dinheiro não teria proveniência declarada, razão pela qual esses cidadãos dificilmente denunciariam às autoridades os assaltos de que fossem vítimas ou depois não tinham interesse no prosseguimento dos processos criminais”, diz o Ministério Público.
Os arguidos costumavam estudar as movimentações dos seus alvos de nacionalidade chinesa, tirando apontamentos sobre matrículas e outras anotações e seguindo-os por vezes até às instituições bancárias que frequentavam na cidade Braga ou no Grande Porto.
Os arguidos atuavam armados e deslocavam-se em viaturas furtadas, a que apunham matrículas falsas. Por isso, e além dos roubos, foram ainda condenados por crimes de falsificação e furto, bem como de detenção de arma proibida. O principal arguido foi condenado a 15 anos de prisão, enquanto os outros dois do ‘núcleo duro’ ficaram com penas de 12 anos.