Decorreu no passado sábado a apresentação de Gualter Sarmento como candidato da CDU à presidência da Junta de Vila do Conde.
Gualter Sarmento, de 61 anos, iniciou a sua carreira como desenhador num gabinete de arquitetura, depois mudou para a indústria têxtil e foi sócio-gerente de uma estamparia. Atualmente trabalha em Barcelos, no mesmo setor económico, onde desempenha a função de controlador de qualidade.
A sua “missão” política para as autárquicas e os próximos quatro anos assentará em três pilares fundamentais, explicou, no salão nobre da Junta de Freguesia. O pilar número um é a “proximidade”, porque a Junta “representa por excelência o órgão autárquico de maior interação e apoio” à população. Com a CDU, a freguesia de Vila do Conde assumirá esse papel, representando “o pulsar da vontade da população” na Assembleia Municipal e reivindicando a “concretização dos seus anseios” junto à Câmara. Proximidade com a população também porque a pandemia “extinguir-se-á, mas não desaparecerá logo o rasto de pobreza que provocou e continua a causar. É urgente atacar este flagelo porque a fome não espera”, disse na sua apresentação.
O pilar número dois passa por “exigir serviços públicos de qualidade”, porque a Junta, não tendo competências na prestação desses serviços, deve desempenhar um papel ativo “apoiando, apontando caminhos, propondo, alertando, reclamando, reivindicando, protestando e exigindo”.
Finalmente, o pilar número três, que é o ordenamento do território e património público . “Se há assimetrias entre a sede do concelho e as restantes freguesias, elas também existem entre o centro da cidade e as restantes comunidades desde a Poça da Barca a Formariz”, concluiu.
Candidato à Câmara critica “hábitos narcisistas e de compadrio”
Hugo Rei Amorim, candidato da CDU à Câmara Municipal de Vila do Conde, sublinhou o objetivo de estas eleições significarem o “acesso real de proximidade” das populações aos órgãos autárquicos.
“Para isso, estamos a ouvir as pessoas e a construir um programa que não esqueça nenhum setor de atividade, região do concelho, género, idade ou orientação pessoal. Por isso, agradecemos que nos enviem as vossas sugestões, seja pessoalmente, ou por meio digital para que o nosso trabalho se aproxime ainda mais das reais necessidades”, apelou.
“A proximidade entre cidadãos e os seus representantes é vital. Não deveria ser uma atividade de 4 em 4 anos, não deveria ser uma ferramenta da propaganda eleitoral, em que se põem os serviços públicos a patrocinar uma lista candidata. A iniciativa ‘Câmara Fora de Portas’ só acontece porque temos eleições e porque as portas da Câmara estão habitualmente fechadas. Nós queremos as assembleias, as juntas e a Câmara de portas abertas. Este trabalho de mudança nos hábitos narcisistas e de compadrio que resultam sempre em assimetrias e injustiças sociais começa com a escolha de pessoas focadas no bem coletivo, no progresso da comunidade”.