O país não vai avançar no desconfinamento, cuja próxima fase estava marcada para segunda-feira, 28 de junho. O anúncio foi feito pela ministra da presidência, Mariana Vieira da Silva, esta quinta-feira, na conferência de imprensa que seguiu a reunião do Conselho de Ministros.
“Portugal encontra-se, claramente, na zona vermelha da matriz de risco. Por isso, não existem condições para prosseguir o plano de desconfinamento que estava previsto”.
A governante deu conta do agravamento de indicadores como o número de internados (nomeadamente em unidades de cuidados intensivos), repetindo que este é um momento “crítico” da evolução da pandemia no país.
“É muito importante que este seja um momento de controlo da pandemia”, sublinha a ministra da Presidência, lembrando que haverá concelhos que terão de recuar nas medidas devido ao número de infetados. Póvoa de Varzim e Vila do Conde estão fora deste lote, apenas não avançam.
Medidas de 28 de junho suspensas:
-Transportes públicos deixarão de ter restrições de lotação;
-Lojas de cidadão passam a atender sem marcação prévia.
-Escalões profissionais ou equiparados podem funcionar dentro dos recintos com lotação de 33%, fora dos recintos com outras regras a definir pela DGS, como por exemplo obrigatoriedade de testagem
A primeira desta nova fase de desconfinamento foi a 14 de junho e contemplou as seguintes medidas:
-Restaurantes, cafés e pastelarias mantêm as regras de lotação atuais mas o horário será alargado até à meia-noite para admissão de clientes e 1 hora para encerramento;
-Comércio deixa de ter as atuais restrições de horário
-Transportes públicos onde só existem lugares sentados passam a poder ter lotação completa; nos transportes onde há lugares sentados e de pé, a lotação passa a ser de dois terços;
-Espetáculos culturais serão alargados até à meia-noite (dentro de sala com lotação de 50% e no exterior com lugares marcados e regras de distanciamento definidas pela DGS);
-Na atividade desportiva, os escalões de formação e modalidades amadoras passam a ter lugares marcados e regras de distanciamento, recintos desportivos com 33% da lotação (incluindo estádios de futebol), e fora dos recintos, aplicam-se regras a definir pela DGS.
-Teletrabalho deixa de ser obrigatório e passa a ser recomendado