Artistas poveiros expõem obras na Bienal de Gaia (fotos)

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A Bienal Internacional de Arte de Gaia, que cumpre este ano a quarta edição, conta com obras de origem poveira. Fátima Sardinha, artista farense radicada na Póvoa de Varzim, e Afonso Pinhão Ferreira, presidente da Assembleia Municipal, estão entre os nomes expostos no evento. Ricardo Silva, presidente da Junta da Póvoa, Beiriz e Argivai, visitou a exposição.

A antiga Companhia de Fiação de Crestuma, em Lever, Vila Nova de Gaia, é palco da 4ª Bienal de Arte de Gaia, que pode ser visitada até ao dia 20 de julho. São 13 exposições, por mais de 500 artistas de 17 nacionalidades. Entre eles, dois levam a Póvoa de Varzim mais longe.

“Confined” (2020), óleo sobre tela de Fátima Sardinha, é um dos quadros da exposição “Coronavírus não destrói a criatividade”, subordinada ao tema “Coronavírus: reações e consequências”. Participar na Bienal é “uma experiência fabulosa”, diz ao MAIS/Semanário a artista, “um passo gigantesco”. Isto porque Fátima só voltou a pintar e a expor as suas obras ao público há cerca de dois anos. Com o início de uma pandemia pelo meio, tem tido “várias exposições online, mas recomeçar fisicamente com a Bienal é excelente”.

Fátima Sardinha é de Faro, mas está a viver na Póvoa de Varzim desde 2000. É professora de primeiro ciclo e, atualmente, trabalha no Agrupamento de Escolas de Rates. Depois de 21 anos, já se considera poveira, mas não esquece as suas raízes algarvias. “Sinto-me em casa. Estar aqui ou estar em Faro, estou em casa”, conta.

A artista é também fundadora do “grupo internacional de artistas Screaming Art Group”, composto por 59 artistas de todos os continentes e vários países, com curadoria de Sergio Gómez, segundo Fátima Sardinha “um dos melhores, se não o melhor, curadores de Chicago”.

Quadro a óleo de Afonso Pinhão Ferreira

Já “O Espreguiçar da Onda (Retrato da Menina Constança)”, óleo sobre tela, foi o quadro de Afonso Pinhão Ferreira escolhido para o evento. A obra foi terminada em 2019.

O presidente da Assembleia Municipal da Póvoa de Varzim já tinha participado na edição anterior da Bienal Internacional de Arte de Gaia, em 2019, com o quadro “Já é Meia Noite Menos um Quarto”. Mais recentemente, expôs “A Serpente, Espelho de Eva” no renovado edifício da Filantrópica.