Filme retrata campos de masseira de Aguçadoura

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A cultura em masseira é a inspiração por trás de um dos filmes exibidos no Festival Curtas de Vila do Conde. “Valos”, de Marcelo de Mattos, retrata este aspeto da agricultura poveira, num “formato que une imagens fotográficas e áudio”.

Com a vila de Aguçadoura a servir de cenário, a curta-metragem “Valos” quer trazer “os depoimentos e relatos dos agricultores à tona”. Quem o diz é Marcelo de Mattos, diretor e produtor do filme que “mostra a ação e as práticas destes agricultores remanescentes, nas poucas masseiras que ainda restam na região, a relação deles com estes campos e a história que envolve este facto”.

A ideia por trás de “Valos” surgiu do gosto de Marcelo pela agricultura e meio ambiente. No ano passado, enquanto fazia o Mestrado em Comunicação Audiovisual da ESMAD, esteve numa residência artística em Sever do Vouga, onde realizou “um trabalho foto documental com trabalhadores locais, que rendeu uma exposição”.

Mais tarde, descobriu a cultura agrícola de Aguçadoura e nasceu a “vontade em contar essa história em formato audiovisual”, conta. Para isso, teve o apoio da Horpozim, Associação Empresarial Agrícola da Póvoa, que “me colocou em contacto com os personagens do filme”.

A agricultura em masseira, segundo o realizador, “foi um fator decisivo para a economia, desenvolvimento e cultura da região, tanto que os agricultores locais carregam essa história na alma”. Por isso, para melhor representar a cultura, Marcelo de Mattos precisou de “ganhar a confiança dos agricultores”, com a ajuda do “engenheiro Jaime Pereira, que me contou sobre a agricultura nos campos masseira”.

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