Um projeto para “potenciar o recurso às tecnologias da informação no sentido de incrementar a simbiose entre os territórios e os viajantes que o atravessam, seja no cumprimento de rotas de peregrinação, seja na livre circulação por percursos da verdadeira descoberta”.
É assim que a presidente da autarquia de Vila do Conde descreve o rurAllure, uma iniciativa que pretende incentivar as visitas ao património e cultura das áreas envolventes das rotas de peregrinação, quebrando os percursos tradicionais. Esta quarta-feira, arrancou o Congresso Internacional rurAllure, em Vila do Conde, cuja Câmara Municipal é o parceiro português do projeto.
Na sessão de abertura do certame, Elisa Ferraz explicou como “Vila do Conde, cidade de poetas e artistas, estabelecerá relações entre a obra poética, literária e artística de figuras ímpares da cultura e das artes em Portugal, cuja origem, passagem e relação com a cidade é incontornável”.
Assim, explorando a vida e os locais por onde autores como Eça de Queirós, Camilo Castelo Branco, José Régio e Júlio Saul Dias passaram, sem esquecer Guerra Junqueiro, Antero de Quental, Agustina Bessa Luís, Ruy Belo e o casal de pintores Sonia e Robert Delaunay, encontram-se legados que “potenciam uma revisitação do território, capaz de constituir uma experiência única e diferenciadora para peregrinos, turistas e visitantes”, afirmou.
Com a presença de Martín López Nores, Susana Reboreda Morillo, Uxío Novoneyra, Maria de Fátima Lambert e Lúcia Rosas, a sessão contou com moderação de Marta Miranda, que destacou os objetivos do projeto: combater “o êxodo rural”, criando “oferta diferenciadora para quem por cá passa”.