Regulador europeu aprova terceira dose da vacina para imunodeprimidos

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Foto: José Alberto Nogueira

A dose adicional da vacina contra a covid-19 da BioNTech/Pfizer e da Moderna só deverá ser administrada, na União Europeia, a pessoas com “sistemas imunitários gravemente enfraquecidos, pelo menos 28 dias após a sua segunda dose”, decidiu esta segunda-feira a Agência Europeia de Medicamentos (EMA).

A aprovação da chamada ‘terceira dose’ a este grupo de pessoas surge, segundo comunicado da entidade, depois de “estudos terem demonstrado que uma dose extra destas vacinas aumentou a capacidade de produzir anticorpos contra o vírus que causa a covid-19 em doentes com sistemas imunitários enfraquecidos”.

“Embora não haja provas diretas da capacidade de produzir anticorpos nestes doentes protegidos contra a covid-19”, a EMA espera que “a dose de reforço aumente a proteção pelo menos em alguns doentes” e garante que “continuará a monitorizar quaisquer dados que surjam sobre a sua eficácia”.

Tanto a Pfizer como a Moderna tinham submetido na EMA pedidos para a administração de uma dose de reforço da vacina contra a covid-19 após seis meses da segunda dose (a Pfizer, para maiores de 16 anos, a Moderna, para maiores de 12 anos).

A EMA refere que “as provas atuais sobre a eficácia da vacina e a duração da proteção mostram que as vacinas anticovid-19 aprovadas na UE asseguram alta proteção contra doenças graves e internamentos na população em geral das vacinas, pelo que uma terceira dose só é admitida para grupos vulneráveis como imunodeprimidos”, diz a agência Lusa.

Em Portugal, no início de setembro, a Direção-Geral da Saúde publicou uma norma que admitia a administração da dose extra à população imunodeprimida com mais de 16 anos.