“Democracia suspensa em Vila do Conde”, diz movimento NAU após reunião do executivo

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“O presidente da Câmara, Vítor Costa, assume atitude antidemocrática e hostiliza, maltrata e desrespeita a oposição da NAU e PSD”, explica o comunicado emitido pelo movimento independente após a reunião do executivo da Câmara realizada na passada sexta-feira.

Para os 3 vereadores da NAU, onde se inclui Elisa Ferraz, anterior presidente da Câmara, “o Presidente do Executivo Municipal, de um modo autoritário e prepotente, furtou-se a qualquer esclarecimento sobre os assuntos versados na reunião, desconsiderando os vereadores da NAU e PSD, eleitos pelos 19.019 vilacondenses, e despudoradamente fazendo querer que as questões colocadas eram reveladoras de quem não compreendia o descrito na minuta da ordem de trabalhos”.

Segundo a NAU, durante a reunião assistiu-se a uma “enorme tensão e manifesta falta de respeito” pelos eleitos da oposição, e rejeitou proposta de votos de louvor do vereador do PSD. 

Para a NAU está em causa as declarações de Vitor Costa ao JN de 19 de outubro, em que refere que “não me deixaram um único papel no gabinete” e “o Protocolo com a Associação Central de Táxis para o transporte à vacinação foi inexplicavelmente suspenso”.

Sobre ambos, a NAU refuta as acusações e explica que no mandato anterior foi realizada “uma profunda reformulação de processos e procedimentos tendo sido instituído em todos os serviços Municipais o ‘no paper’, enquanto sobre o protocolo com os táxis “nunca existiu”, mas sim um apoio monetário, entretanto esgotado.

Pedro Soares disse estar “envergonhado”

Também sobre esta reunião, Pedro Soares, eleito pelo PSD, lamenta “a falta de respeito e educação” do presidente Vitor Costa para com os vereadores da oposição, e sublinhou que saiu dos Paços do Concelho “envergonhado pelo que tinha presenciado”.

Pedro Soares refere que tentou apresentar vários votos de louvor e “estranhamente o presidente “cortou-me a palavra impedindo-me de apresentar três votos, como, de resto, nos últimos mandatos tinha sido um procedimento normal de funcionamento do período antes da ordem do dia”.

As estas acusações, Vitor Costa, presidente da Câmara de Vila do Conde, ainda não respondeu.