“[Vítor Costa] está a criar clima de suspeição que se repudia, com uma estratégia de mal dizer, sem fundamento, para camuflar um novo empréstimo de cinco milhões que pretende fazer. É um comportamento antidemocrático, envolto em falsidades, que Vila do Conde não merece”, afirma Elisa Ferraz.
É a resposta da ex-presidente às declarações de Vítor Costa, que acusa o antigo executivo de ter deixado um buraco de 13 milhões de euros nas contas municipais. Em conferência de imprensa na quinta-feira, Elisa Ferraz mostrou-se “indignada” e garante que “não deixou uma fatura por pagar”.
Segundo Vítor Costa, o Município tem um saldo de caixa transitado de sete milhões de euros e compromissos no valor de 20 milhões. Mas Elisa Ferraz adiantou que “deixei, nos cofres do município, em outubro, cerca de 10 milhões de euros em caixa. Esse será o saldo que vai transitar para 2022, e que provavelmente é o maior nos últimos 20 anos”.
“Se os compromissos são de 20 milhões, não se pode dizer que haja buraco, pois ao longo de 2022 há receitas que a Câmara vai receber assim como verbas dos fundos comunitários”, declarou.
A antiga presidente do Município de Vila do Conde garantiu ainda que, nos seus dois mandatos, reduziu a dívida de 57 para 25 milhões, pelo que acusa Vítor Costa de “mentir” quando diz que a autarca assumiu 35 empréstimos no valor de 30 milhões de euros.
A terminar, disse que votou contra o orçamento apresentado para 2022, e mostrou-se de acordo com a auditoria externa: disse estar “completamente tranquila em relação ao desfecho da mesma”.