Porque “devemos prevenir, para não ter de, mais tarde, remediar”, António Costa revelou na tarde desta terça-feira as novas medidas de resposta à pandemia.
As medidas surgem face ao aumento da presença da variante Ómicron em Portugal, que, disse o primeiro-ministro, foi identificada em 46,9% das pessoas infetadas de momento, e para evitar que a situação vivida em janeiro de 2021 se repita.
Assim, a semana de contenção, inicialmente prevista para a semana que segue o Ano Novo, vai ser antecipada, e os testes gratuitos nas farmácias vão aumentar de quatro para seis por pessoa.
A partir das 0h de dia 25 de dezembro, sábado, e até 10 de janeiro, o teletrabalho passa a ser obrigatório. As creches e ATL vão estar encerrados, bem como as discotecas e bares. Segundo António Costa, estão assegurados os apoios às famílias e às empresas afetadas pelos encerramentos.
O teste negativo vai ser obrigatório para acesso a todos os espetáculos culturais e recintos desportivos, salvo indicação em contrário da Direção-Geral da Saúde. É também necessário para aceder aos estabelecimentos turísticos e alojamento local, eventos empresariais e cerimónias familiares, como casamentos e batizados.
Nos estabelecimentos comerciais, a lotação vai ser reduzida para uma pessoa por cada 5m2, para evitar ajuntamentos.
O primeiro-ministro anunciou ainda um conjunto de medidas que vão vigorar no Natal, a 24 e 25 de janeiro, e na Passagem de Ano, nos dias 30, 31 e 1 de janeiro.
Nestes dias, é obrigatório apresentar teste negativo para acesso a restaurantes, casinos e festas de passagem de ano. Na via pública, é proibido o consumo de bebidas alcoólicas e os ajuntamentos com mais de 10 pessoas na passagem de ano.
“O janeiro do próximo ano depende do que cada um fizer e do que todos fizermos em conjunto”, afirmou António Costa, reforçando medidas preventivas nos convívios familiares: sempre que possível, arejar a casa, manter a máscara e evitar grandes grupos. Apelou ainda à testagem antes da consoada ou almoços de Natal.