A Câmara Municipal de Vila do Conde vai deliberar, nesta quinta-feira, a contratação de dois empréstimos bancários, ambos no valor de 1 milhão de euros, para “suprir compromissos transitados e assumidos no mandato anterior”. É também decidida a contratação de um outro empréstimo de 1,5 milhões, “para cômputo do nível dos fundos disponíveis e suprimento das muitas dificuldades de tesouraria”.
Os dois primeiros empréstimos visam “financiar os valores remanescentes por liquidar de duas das empreitadas em curso”, explica a Câmara em comunicado, referindo-se a, diz, “compromissos transitados e assumidos no mandato passado”, pelo executivo liderado por Elisa Ferraz. São elas o Centro Comunitário das Caxinas e a Remodelação e Ampliação do Bairro do Farol.
De acordo com a nota, estas obras “tiveram índices baixíssimos de comparticipações comunitárias (destinadas apenas a espaços exteriores)”. O executivo de Vítor Costa defende ainda que, no Bairro do Farol, “é incompreensível que a empreitada não tenha integrado a Estratégia Local de Habitação, com um financiamento que poderia chegar aos 100%”.
Os restantes 1,5 milhões de euros pretendem resolver as “dificuldades” que, lê-se na nota, foram “criadas pela situação inusitada de assunção de um número invulgar e elevado de compromissos, que transitaram para o ano de 2022 e que criam um grande e indesejado bloqueio na normal condução dos assuntos municipais e no desenvolvimento das políticas que foram compromissadas com a população vilacondense”.
Se forem aprovados em reunião de Câmara, os empréstimos serão depois sujeitos à ratificação da Assembleia Municipal.