Ministério Público acusa chineses de produzirem em Gião milhões de euros em canábis

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Três indivíduos de nacionalidade chinesa foram constituídos arguidos pelo Ministério Público (MP), e acusados de tráfico de droga agravado e furto. Os homens foram detidos no verão passado pela Polícia Judiciária, numa estufa clandestina em Vila do Conde, e na altura estavam na posse de canábis, no valor aproximado de quatro milhões de euros.

Segundo o MP, os chineses arrendaram na freguesia de Gião um armazém, onde instalaram a estufa de produção intensiva de droga.

“Em estufas com vários compartimentos e dotadas de sistemas monitorizados de ventilação, iluminação, controlo de temperatura, rega e videovigilância, os arguidos cultivaram plantas em diversos estados de maturação para que a produção ocorresse sem quebras. Estes arguidos atuaram conjuntamente com outros indivíduos, aderindo a uma organização internacional dedicada ao tráfico de estupefacientes, executando em território nacional as tarefas que lhes foram determinadas por essa organização”, explica o MP.

Ainda, de acordo com o MP, e no sentido de reduzirem as despesas, os traficantes fizeram uma ligação ilegal a partir de um posto de transformação da EDP, situado no terreno do armazém, causando à elétrica um prejuízo superior a 20 mil euros.

Na altura em que os três chineses foram descobertos, os mesmos estavam com mais de 300 mil doses de canábis, que as autoridades estimam ter um valor entre 2,4 e 4 milhões de euros.