Os sócios do Clube Desportivo da Póvoa aprovaram por unanimidade um voto de confiança à nova direção, eleita a 10 de fevereiro, para zelar pelos interesses da coletividade na gestão de dois contratos, um com a empresa angolana PEC – Projecto Consultadoria e Investimentos Lda, e um segundo com um centro de estudos que está a usufruir das instalações do CDP.
Sérgio Duarte, presidente do CDP, disse aos cerca de 70 sócios que estiveram na assembleia geral extraordinária, realizada na noite de quarta-feira, que só recebeu estes dois contratos esta semana, no dia de terça-feira, “dado que os mesmos não se encontravam no clube”, assegurou.
O líder do clube mais eclético da Póvoa de Varzim, adiantou que “só queremos saber o que temos em mão e proteger o clube. Em relação ao município não nos revemos na ação que foi colocada, mas não sou eu que vou averiguar, não sou jurista”, mas esclareceu que sobre um pedido de vários associados para verificar se há possibilidade de pedir a nulidade do contrato em causa, referiu “que é uma questão que não se põe”.
Quanto ao contrato com o centro de estudos, Sérgio Duarte foi perentório ao afirmar que “o contrato não é vantajoso, e neste momento o clube não está a ter qualquer lucro. O centro está a ocupar uma área nobre do espaço do clube, e é um contrato que tem algumas particularidades conforme me transmitido pelo responsável pelo centro de estudos, mas pareceu-me que está a comprometer um bocadinho a atividade do clube”.
Passivo de 300 mil euros afeta tesouraria
Aos sócios, o presidente do CDP revelou que o atual passivo financeiro ascende a 306 mil euros, entre fornecedores, federações, treinadores, colaboradores e uma conta caucionada. Sobre o valor, disse que “não posso dizer que tenha ficado surpreendido. O que fizemos, foi perceber como estava o estado do clube do ponto de vista financeiro e fiscal, e de acordo com o trabalho feito num mês, transmitir aos sócios a situação do clube.
Sobre como resolver a questão negativa de tesouraria, Sérgio Duarte apontou para uma estratégia “com foco de curto prazo para resolver as questões mais emergentes, sendo que a mais emergente já foi resolvida com o pagamento aos nossos funcionários, e as dividas fiscais, havendo agora pagamentos urgentes a fazer e depois teremos uma gestão diária da gestão das dividas”, e esclareceu que “nas reuniões que tive todos estão disponíveis para ajudar a resolver a situação”. Entre os associados presentes, não esteve nenhum membro da direção anterior.