“Quero dar nota que já não existe providência cautelar. Com a publicação do E54 no Diário da República teremos condições para pôr as coisas em andamento”, revelou Aires Pereira, presidente da Câmara da Póvoa de Varzim, aos jornalistas no final da reunião da Assembleia Municipal, realizada na noite de quinta-feira. O autarca adiantou, ainda que “o Tribunal Administrativo pura e simplesmente decidiu que não havia lugar a providência cautelar e que todos os argumentos utilizados não faziam sentido”.
A proposta do Plano de Pormenor daquela zona, apresentada pelo PSD, e que engloba os equipamentos da Praça de Touros, estádio e campo de treinos do Varzim e instalações do CDP, foi aprovada na Assembleia Municipal pela maioria social-democrata, com toda a oposição (PS, Chega, IL, BE, CDS e CDU) a votar contra.
O chefe do executivo da Câmara Municipal, esclareceu também que com esta decisão da Assembleia e também do Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto, “os clubes que são os parceiros deste processo, passam a saber aquilo que podem fazer e qual é o seu futuro”.
Custos da paragem serão “assacados a quem causou enorme prejuízo ao erário público”
Questionado, se a obra vai conseguir manter o orçamento de 10 milhões, depois da paragem de mais de um ano, Aires Pereira explicou que “as implicações da obra ter estado parada e de custos que podem ser associados, esses custos terão que ser assacados a quem colocou este enorme prejuízo ao erário público, e disso não abdicarei de o fazer”.
O autarca sublinhou a importância da decisão da Assembleia Municipal. “O único projeto que foi apresentado com coerência e com capacidade para ser executado foi a proposta que a Câmara apresentou, porque das intervenções dos diversos partidos da oposição, ninguém se entende. Um quer isto e o contrário disto, o outro quer o contrário de tudo. Imaginem, como seria possível fazer um E54 que satisfazesse todas as pessoas”.
E continuou: “Isto realça muito a importância do PSD ter um projeto coerente e sufragado e ser claro nas propostas que faz às pessoas e saio daqui muito satisfeito com a nossa proposta, com a aprovação do E54, porque o contrário e imaginem que era reprovado o E54, e o que passaríamos a ter: Construção nos terrenos do Desportivo, nos terrenos do Varzim Sport Club, ou seja as pessoas nem sequer medem bem as suas propostas e as consequências que elas têm para todos nós”.
Recorde-se que em dezembro de 2020, o Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto mandou parar a demolição da Praça de Touros da Póvoa de Varzim, para ser construído o Póvoa Arena, depois de apresentada, na altura, uma ação movida pela Patripove (Associação de Defesa e Consolidação do Património Poveiro). Desde aí construção do equipamento ficou em suspenso. As obras devem retomar durante o mês de abril.
Noticia completa na edição impressa de 23 de março.