Vítor Costa lamenta “Portocentrismo” na Área Metropolitana e apela à reflexão

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“É uma espécie de Lisboacentrismo de segunda porque mais vale o original que a fotocópia e, portanto, é um erro tremendo o Portocentrismo”. No 30º aniversário da Área Metropolitana do Porto (AMP), o presidente da Câmara de Vila do Conde apela a uma “reflexão profunda e autocrítica”, defendendo a refundação da AMP.

Em declarações à Lusa, Vítor Costa fez um paralelo entre o “centralismo de Lisboa” e a situação do Porto. “Vejo e todos nós conhecemos as críticas, essas sim profundas e justas, relativamente ao centralismo de Lisboa e nós estamos a cair exatamente no mesmo erro. Não é bom para a Área Metropolitana, não é bom para a região, acho que é um péssimo erro, um erro tremendo que neste momento se está a cometer”, declarou.

No entanto, esta afirmação não é uma crítica, “muito menos à liderança” do presidente da AMP, Eduardo Vítor Rodrigues, disse. Aliás, segundo o autarca vilacondense, tem-se verificado “alguma falta de solidariedade entre os 17 membros da AMP”, incluindo-se a si próprio.

Para Vítor Costa, todos os municípios da AMP devem pensar no todo, para que não haja “municípios de primeira, de segunda ou de terceira”.

“Há uma tentação muito grande no individualismo, o que contraria de facto aquilo que é o espírito fundador da AMP, que eu acredito. Falo por Vila do Conde quando digo que a Área Metropolitana é absolutamente essencial no contexto regional e no contexto nacional”, frisou à Lusa.