Na turma de Stella Vale, o convívio e o espírito de equipa fazem parte da lista de materiais necessários para fazer a Camisola Poveira. Entre lãs e agulhas, há sorrisos e conversa, misturados com o gosto partilhado pela peça tradicional da Póvoa de Varzim.
As doze alunas reúnem-se duas vezes por semana no Centro Interpretativo e de Formação da Camisola Poveira: fazem parte de uma das turmas de iniciação da 2º edição do Curso Ocupacional de Tempos Livres sobre a Camisola Poveira.
Quando os ponteiros do relógio estão quase a marcar as 19h30, já algumas alunas estão sentadas nos seus lugares. A turma vai chegando, e em pouco tempo quase todas as cadeiras estão ocupadas. Mal se sentam, não perdem tempo, e não é preciso compasso de espera: abrem a bolsa dos materiais, retiram as agulhas, ajeitam o novelo e continuam a fazer malha com castelinhos.
“Se calhar aprendi a bordar antes de saber escrever”, alguém diz. A maioria já o sabe fazer, tem algumas bases, e inscreveu-se na formação porque quer aprender a confecionar corretamente a Camisola Poveira. É esse o caso de Edite Maria Silva, que até já tinha feito uma Camisola Poveira “há para aí 50 anos. Agora quero aprender como deve ser”, disse ao MAIS/Semanário.
Este texto faz parte de um artigo publicado esta semana no jornal MAIS/Semanário, que pode ler na íntegra na edição papel ou na edição digital (PDF).