O Ministério Público acusou cinco arguidos de roubo agravado a comerciantes de ouro. Os assaltos deram-se no Grande Porto, um deles na Póvoa de Varzim.
Segundo comunicado da Procuradoria-Geral Distrital do Porto (PGD Porto), publicado na quinta-feira, três dos arguidos são acusados de um crime de roubo agravado, um é acusado de dois crimes de roubo agravado e um crime de detenção de arma proibida, e dois outros são acusados de dois crimes de homicídio qualificado na forma tentada, dois crimes de detenção de arma proibida, um crime de falsificação e a prática do crime de roubo agravado.
Na Póvoa de Varzim, um dos arguidos, “comerciante de ouro e de outros metais preciosos”, organizou um assalto a um outro fornecedor, visto que conhecia as rotinas e a quantidade de ouro que este transportava.
O assalto sucedeu na madrugada de 15 de abril de 2018, quando “um outro arguido e dois indivíduos não identificados abordaram tal fornecedor e, exibindo uma arma de fogo, forçaram-no à entrega da chave do veículo automóvel em que se deslocava, de que se apoderaram, bem como o que nele se encontrava, nomeadamente, entre o mais, 2,300kg de ouro, no valor de €75 000”, diz a PGD Porto.
O grupo assaltou ainda outros comerciantes em Gondomar e em Penafiel. Neste último, ocorrido a 26 de maio de 2017, “dois arguidos e um outro indivíduo não identificado, dos quais um portava uma pistola de calibre 9mm e outro uma metralhadora Kalashnikov de calibre 5,45mm, abordaram um ofendido que saía de um balcão bancário portando consigo €120 000 que acabara de ali levantar, e que com a ameaça das ditas armas procuraram tirar-lhe tal quantia”.
Um agente da PSP apercebeu-se da situação e aproximou-se, disparando para o ar, diz a PGD. Os arguidos e o outro indivíduos “ripostaram, disparando na direção do referido agente e de um seu filho menor que ali se encontrava também, logrando apesar de tudo apoderar-se, além do mais, de uma mala contendo um computador e de uma outra com €121 000 em dinheiro, que se encontravam no veículo automóvel em que o ofendido se deslocava”.