Mudança de postura da Associação dos Municípios pode evitar saída da Póvoa

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Depois da reunião de terça-feira da ministra da Coesão Territorial com os autarcas da Área Metropolitana do Porto, Aires Pereira admite que a “descentralização entrará naturalmente nos carris certos” se forem encetadas mudanças ao processo. Se tal acontecer e a Associação Nacional de Municípios revelar “uma outra postura relativamente aos diplomas que vêm do Governo”, o presidente da autarquia poveira afirma mesmo que “não fará sentido que a Póvoa apresente uma proposta no sentido de sair”.

As declarações do autarca foram feitas no final da reunião do executivo camarário da Póvoa de Varzim, realizada na terça-feira. Questionado sobre que conclusões advieram da reunião com Ana Abrunhosa, Aires Pereira avançou que foi apresentada “uma nova estratégia para a descentralização”, “tal é a constatação da ausência de diplomas, da ausência de recursos”.

Segundo o edil, “tal como disse, e mais alguns autarcas acompanharam-me nesse discurso, não havia condições para arrancar com a descentralização da Educação no dia 1 de abril. Agora, o Governo corre atrás do prejuízo”, disse, e “vem dizer que já introduziu no Orçamento de Estado de 2022 um artigo na lei que permite que, à medida que foram verificados os desvios pela Comissão Técnica de Acompanhamento, o orçamento vá sendo corrigido”.

Quanto à intenção de sair da Associação Nacional de Municípios (ANMP), Aires Pereira afirmou que tal pode não se vir a cumprir. “Se se vier a revelar que, no fim de tudo isto, temos uma nova ANMP que tem uma outra postura relativamente aos diplomas que vêm do governo e que é uma associação na qual nós nos sentimos representados, não fará sentido que a Póvoa apresente uma proposta no sentido de sair”, declarou.

Notícia completa na edição papel desta quarta-feira, 22 de junho.