O percurso familiar, vida familiar e as relações sociais do poveiro Avelino Barros foram o foco de uma conferência na Biblioteca Municipal Rocha Peixoto. Com apresentação de Sandra Amorim e Raúl Leitão, ‘Avelino Barros, Photographo da Caza Real’ percorreu a atividade do fotográfo desde o final do século XIX e o início do século XX.
Avelino Barros nasceu na Póvoa de Varzim, no dia 20 de fevereiro de 1879, no seio de uma família de fotógrafos. O seu pai foi o fundador da primeira casa de fotografia da Póvoa, a ‘Photographia National – de António José de Barros’.
Seguindo os passos do pai, Avelino seguiu a carreira de fotógrafo, tendo os seus trabalhos fotográficos sido reconhecidos a nível nacional e internacional. O Rei D. Carlos foi um destes admiradores do seu trabalho, e nomeou-o ‘Fotógrafo da Casa Real’, em 1902.
Para além de fotógrafo, Avelino Barros foi também gravador fotoquímico e um dos pioneiros em Portugal do novo sistema inalterável de retrato colorido, pelo processo fotográfico Coloro-Eastman. Colaborou ainda para a imprensa local e nacional, tendo sido um dos criados e redator-chefe da revista mensal ‘Ilustração Nacional’, que foi publicada na Póvoa de junho a outubro de 1919.
Exerceu ainda cargos públicos, ligados à administração local, tendo sido Administrador do Concelho, em 1924. Durante a conferência, os netos de Avelino Barros confessaram que pretendem doar o espólio à Biblioteca Municipal.