A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu um estabelecimento de restauração em Vila do Conde, tendo instaurado também um processo-crime. Em causa está a comercialização “de géneros alimentícios ‘anormais avariados’” por parte do estabelecimento, que não reunia “as condições mínimas de higiene nas zonas de manipulação de géneros alimentícios”.
Segundo a ASAE, foram apreendidos 151kg de géneros alimentícios no valor estimado de 450 euros “por se considerarem ‘anormais avariados’, em virtude de se encontrarem deteriorados ou com modificações de natureza e qualidade, resultantes do frio e da má conservação, tendo sido encaminhados para destruição, por falta de requisitos, para Unidade de Transformação de Subprodutos aprovada”.
As condições descritas pela ASAE levaram a que o espaço estivesse afetado por uma praga de baratas que, relembra a entidade, “são potenciais portadoras de salmonelas causadoras de doenças como a disenteria, gastroenterite e febre tifoide”. O processo-crime foi já entregue à Autoridade Judiciária competente.
O estabelecimento, localizado num complexo industrial, estava “direcionado para a confeção e comercialização de refeições em take-away e plataformas digitais e serviço de refeições à mesa”, para além de prestar “serviço de refeições para os funcionários e utentes daquele complexo”. Diz a ASAE que, por não reunir “as condições mínimas de higiene e técnico-funcionais para manipulação e comercialização de géneros alimentícios”, o estabelecimento punha em causa a saúde pública.