O Jornal de Notícias avança, nesta quarta-feira, que um dos detidos no dia de ontem pela Polícia Judiciária pela presumível prática dos crimes de fraude fiscal, burla qualificada e branqueamento era um “contabilista cadastrado da Póvoa de Varzim”.
De acordo com o JN online, “o contabilista e os dois cúmplices montaram nos concelhos da Póvoa de Varzim, Vila do Conde e Porto – onde viviam – um centro logístico que controlava contas bancárias, ‘mulas’, um pouco por toda a Europa”.
As vítimas, diz a mesma publicação, eram aliciadas a investir em criptomoedas através de telefonemas ou propostas online, e também eram propostas “aplicações financeiras ou burlas ao consumo”.
Num comunicado publicado durante o dia de ontem, a PJ adiantava que a organização “estabelecia todo um circuito bancário cuja única finalidade consistia em apenas servir de veículo para as rápidas transferências de montantes ou vantagens provenientes da prática de ilícitos criminais e sua posterior apropriação, sendo igualmente utilizadas nesse sentido plataformas de apostas online e a aquisição de ativos digitais, os quais eram posteriormente vendidos, recebendo novamente os fundos já em moeda fiduciária”.
Os detidos vão ser presentes à competente autoridade judiciária no Tribunal de Instrução Criminal do Porto, para primeiro interrogatório judicial de arguido detido e aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.