O presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim demonstrou na manhã desta quinta-feira a “necessidade que nós [concelho] temos de continuarmos de ter a porta da urgência no Largo das Dores aberta”. À margem da sessão de abertura do III Congresso Empresarial da Póvoa de Varzim, Aires Pereira disponibilizou “todo o apoio do Município” ao conselho de administração do Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/Vila do Conde, numa altura em que um relatório técnico terá sugerido o encerramento da urgência de obstetrícia da unidade da Póvoa de Varzim.
Dirigindo-se a Gaspar Pais, o edil afirmou “disponibilizar a si e ao seu conselho de administração todo o apoio do Município, e acho que é um apoio de todos nós, para continuarmos a ter aquele serviço de excelência, muitas vezes cobiçado, poucas vezes compreendido, mas que continua resiliente, com o apoio do Município sempre, com apoio em instalações, em espaço, em financiamento, ou seja criando-lhes poucas condições para eles nos dizerem que não”.
Falando em nome da Póvoa de Varzim e, também, de Vila do Conde (“acho que posso falar em nome de Vila do Conde e do meu colega presidente da Câmara”, disse Aires Pereira), o autarca poveiro sublinhou “a importância que tem [a urgência] para nós, para todos os comerciantes, para todos aqueles que habitam ou visitam a Póvoa de Varzim, este nosso Centro Hospitalar, esta nossa urgência medico-cirúrgica, e a importância que tem nos próximos tempos para continuarmos com a porta aberta”.
O possível encerramento da urgência obstétrica do Hospital da Póvoa de Varzim foi noticiado há duas semanas. Na altura, o jornal Expresso avançou que as urgências obstétricas de Vila Franca de Xira, Barreiro, Covilhã e Castelo Branco estavam em risco de encerrar, conforme uma proposta da Comissão de Acompanhamento da Resposta em Urgência de Ginecologia, Obstetrícia e Bloco de Partos. Mais tarde, a RTP acrescentou duas unidades à lista: Póvoa de Varzim e Famalicão.