O provedor da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim garantiu na tarde desta sexta-feira que de momento não existem casos ativos de sarna no lar da instituição. Em declarações ao MAIS/Semanário, Virgílio Ferreira admitiu que foram registados cerca de 20 casos de sarna nos últimos dois meses, mas afirmou que os casos “foram sendo controlados ao longo do tempo”.
Para tratar os casos, o provedor disse que “fizemos o que está prescrito em protocolo para a doença”, ou seja, “desinfetar a pele das pessoas, as roupas e as camas”. “As pessoas, depois dessa desinfeção e de serem devidamente lavadas, ficam bem”, referiu, acrescentando que “aquilo é uma doença que se instala na pele, e por isso é preciso desinfetar a pele no sentido de eliminar os elementos ativos da doença”.
Virgílio Ferreira assegurou ainda que as famílias dos idosos afetados estão “tranquilas” relativamente à notícia. “Se as pessoas estiverem bem esclarecidas dessas questões e souberem que os idosos estão a ser bem cuidados… Não é uma doença que provoque instabilidade à pessoa, não é uma causa de morte”, declarou.
A existência de casos de sarna no lar da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim foi noticiada no sábado pelo Porto Canal, que avançava que estiveram nas instalações a ASAE, o delegado de saúde e a Autoridade para as Condições do Trabalho.
Entretanto, o grupo parlamentar do Bloco de Esquerda questionou ontem, quinta-feira, a ministra do Trabalho e da Segurança Social sobre os resultados das inspeções ao lar, exigindo “uma intervenção urgente do Governo para que os direitos destes trabalhadores e utentes sejam assegurados”. A questão, assinada pelo deputado José Soeiro, perguntava ainda “se será aberto algum inquérito, por parte da Segurança Social, para verificar o sucedido e que acautelar que situações similares não voltam a ocorrer”.
A sarna ou escabiose é uma doença cutânea infeciosa e contagiosa causada por um ácaro chamado Sarcoptes scabie. Causa comichão ou prurido, erupções cutâneas, descamação e crostas.