Rui Camaço, de 42 anos, residente em Vila do Conde e mestre da embarcação “Letícia Clara”, esteve, na sexta-feira, mais de oito horas agarrado a uma boia. Nadou até à costa e gritou a pedir socorro.
Na altura, por volta das 18h20, na praia de Pedrogão dois elementos da Polícia Marítima que estavam nas buscas em terra avistaram o pescador e “entraram no mar com a balsa salva-vidas e trouxeram-no. Salvou-se uma vida”, conta Pedro Costa, comandante da Capitania da Figueira da Foz”. O marítimo, que estava com hipotermia, seguiu para o hospital.
O barco afundou-se, mas são ainda desconhecidos mais pormenores. Continuam desaparecidos 3 tripulantes, 2 indonésios e um marroquino. As buscas foram reforçadas na manhã de sábado, envolvendo meios aéreos, marítimos e terrestres, disse o capitão do Porto da Nazaré.
A traineira, de um armador de Vila do Conde, saiu para a faina ao largo da Nazaré pelas zero horas de sexta-feira, e comunicou a última vez com terra pelas 08h desse mesmo dia. Mais tarde foram iniciadas as buscas após o alerta do armador.
Entretanto, a mãe do mestre Rui Camaço, hospitalizado em Leiria, disse que “estou ansiosa que ele chegue a casa, mas estamos de coração partido por termos perdido aquelas pessoas”.