A Associação Cultural Varazim Teatro, da Póvoa de Varzim, participou no protesto pelas artes de ontem, quarta-feira, em frente à Assembleia da República. A manifestação juntou dezenas de pessoas que exigiram “uma política efetiva na Cultura: democrática, pública, equitativa e plural”.
Segundo a Varazim, é necessário “mais investimento nas Artes e na Cultura”, apontando à meta de “1% do Orçamento do Estado para a Cultura como condição para uma verdadeira política de apoio às artes”.
A associação defende também a “criação e desenvolvimento de um serviço público de cultura em todo o país”, a “correção da injustiça no reforço do financiamento sustentado às Artes” e “um reforço a estes concursos que pode ir até ao financiamento de todos as candidaturas elegíveis”.
Relembre-se que a Varazim Teatro está entre as candidaturas excluídas ao apoio na modalidade bienal do concurso de apoio sustentado às artes na área da Programação. Na decisão final do concurso, lê-se que estas candidaturas não foram contempladas com o apoio “em virtude de ter sido esgotado o montante global disponível para a modalidade de apoio em causa”.
Das 54 candidaturas admitidas a concurso na modalidade bienal, foi proposto apoio a 15, numa dotação de 4,9 milhões de euros. Já na modalidade quadrienal, com dotação de 27,7 milhões, foram admitidas 36 candidaturas, tendo sido escolhidas para apoio 30 – as outras seis foram excluídas, igualmente, “em virtude de ter sido esgotado o montante global disponível para a modalidade de apoio em causa”.
Numa publicação na sua página de Facebook, na terça-feira, a Varazim afirmava que “a falta de equidade percentual entre os apoios sustentados às Artes entre as modalidades quadrienais e bienais é gritante. As consequências desta realidade serão fatais para uma grande parte do tecido artístico português”.