A Resulima, sociedade que gere o aterro sanitário instalado em Paradela, afirmou nesta terça-feira à agência Lusa que tem vindo a implementar “várias medidas operacionais” para otimizar o processo produtivo de maneira a minimizar o impacto nas populações vizinhas. Lembre-se que os “maus cheiros” vindos do aterro, instalado junto à fronteira do concelho da Póvoa de Varzim, têm sido contestados há cerca de um ano pelas populações vizinhas de Rates e Laúndos.
Na resposta enviada à Lusa, a Resulima destaca, entre as medidas implementadas, a redução “ao mínimo indispensável” da área da frente de trabalhos e da quantidade de resíduos depositados em aterro.
Segundo a Lusa, “alude também ao reforço da cobertura diária dos resíduos, à colocação de tela provisória no talude norte e nas bases dos taludes poente e sul e ao fecho do biofiltro existente”, bem como ao “fecho da zona da maturação, a colocação de coberturas nos tanques de tratamento biológico e a criação de uma barreira cénica de terras e árvores no extremo sul da instalação”.
A Resulima diz, assim, assumir “o total compromisso e envolvimento” para “garantir a todos os cuidados na operação das suas infraestruturas e no desenvolvimento da sua atividade de serviço público”. Mostra-se ainda disponível para receber todos os interessados em verificar o cumprimento das medidas referidas, bem como o funcionamento de toda a Unidade de Valorização de Resíduos.
Lembre-se que a CCDR-N anunciou na semana passada que “estão reunidas as condições” para a emissão das licenças de exploração ainda em falta ao aterro de Paradela.
No entanto, a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim já referiu que está a ultimar uma ação judicial contra o Estado por considerar que não existiu fiscalização suficiente ao equipamento e a Junta de Freguesia de Laúndos já denunciou junto da Comissão Europeia o “impacto negativo da utilização dos fundos comunitários no aterro”, garantindo que o mau cheiro persiste.