Municípios servidos pelo aterro de Paradela preocupados com “maus odores”

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Os seis municípios que integram a Resulima manifestaram na terça-feira a sua “preocupação com o aumento dos tarifários inerentes à recolha e tratamento de resíduos sólidos urbanos previstos para os próximos anos” e com “a questão dos odores emanados” do aterro sanitário de Paradela.

As preocupações estão descritas num comunicado publicado pela Câmara Municipal de Barcelos, depois de uma reunião com os presidentes das autarquias de Arcos de Valdevez, Barcelos, Esposende, Ponte da Barca, Ponte de Lima e Viana do Castelo.

Na nota, é avançado que os municípios pediram audiências à Secretaria de Estado do Ambiente, à ERSAR (Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos) e à ANMP (Associação Nacional de Municípios Portugueses) para discutir a aplicação da Taxa da Gestão de Resíduos e a introdução da Taxa Ecovalor.

Solicitaram ainda uma reunião à Administração da Estação de Tratamento de Resíduos de Paradela para abordar “a questão dos odores emanados daquela unidade e que têm motivado recorrentes queixas das populações circunvizinhas”.

Lembre-se que o aterro da Resulima instalado em Paradela, Barcelos, começou a funcionar no ano passado e desde aí tem motivado protestos das populações vizinhas, nomeadamente das freguesias poveiras de Laúndos e Rates, devido aos maus cheiros.

No final do ano passado, a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim anunciou que iria “avançar com todas as ações judiciais e providências” contra o Estado devido aos maus odores vindos do aterro. A Junta de Freguesia da Laúndos também já denunciou junto da Comunidade Europeia “que os fundos utilizados pela Resulima prejudicam gravemente a qualidade de vida” da população vizinha.

Entretanto, a CCDR-N afirmou que “estão reunidas as condições” para emitir as licenças de exploração que ainda faltam ao aterro, e a Resulima garantiu, na semana passada, que tem vindo a implementar “várias medidas operacionais” para otimizar o processo produtivo de maneira a minimizar o impacto do aterro.