Igreja de Santa Clara está degradada. Protocolo para recuperação é assinado este domingo (fotos)

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A Câmara Municipal de Vila do Conde (CMVC), na figura do edil Vítor Costa, e a Direção Regional da Cultura do Norte (DRCN), na figura da diretora Laura Castro, vão assinar no domingo (26) um protocolo de cooperação para a reabilitação da Igreja do Mosteiro de Santa Clara. O documento será assinado no Dia de Vila do Conde, que marca os 1070 anos da mais antiga referência documental à cidade.

“A Igreja de Santa Clara, monumento nacional e de responsabilidade da administração central, encontra-se em franco estado de degradação e diria eu até de abandono”, disse Vítor Costa na manhã desta sexta-feira, num encontro com os meios de comunicação social no Centro de Memória. “Para nós, Câmara Municipal, é absolutamente admissível que tal estado continue”.

Com mais de 700 anos de história, a Igreja de Santa Clara está degradada. Vitrais partidos, furos no telhado, espaços com risco de ruína e várias peças degradadas marcam o interior do monumento.

Depois de uma visita da DRCN ao espaço, o autarca garante que “colocamos os serviços municipais ao dispor da DRCN para que os objetos mais importantes, mais valiosos sob o ponto de vista histórico e do seu valor patrimonial pudessem começar a ser trazidos para o Centro de Memória e serem colocados nas nossas reservas para serem guardados, inventariados e recuperados”. Adiantou também que “estamos em fase de recuperação [das peças recolhidas] e algumas delas estão já no Centro de Memória”.

O protocolo de cooperação está dividido em duas fases. “Na primeira parte, a Câmara, muito além daquilo que são as suas competências, irá assumir o projeto de recuperação daquela nossa igreja, mas também um processo de musealização do espaço, nomeadamente aquele que está situado no coro alto”, explicou Vítor Costa. Na segunda fase, será efetivamente recuperado o espaço.

A empreitada será financiada através de uma candidatura aos fundos comunitários, mas ainda não há estimativa da verba que a obra poderá atingir. “É difícil dizer, mas podemos por comparação ver a ordem de grandeza deste necessário investimento na Igreja Matriz, aquela cobertura que está a ser feita, que envolve um investimento de meio milhão de euros”, disse.

“Ainda não podemos ter os valores necessários para a recuperação, que até pode ser faseada. O importante é que se intervenha rapidamente, sob pena deste património ficar ainda mais degradado e desaparecer”, completou o autarca.

Assim, dentro de “dois, três meses”, o projeto deverá estar pronto e “apto à candidatura ser apresentada ao PT 2030 e aos fundos comunitários”.