Pela primeira vez na história do PSD da Póvoa de Varzim, o partido promoveu no dia 25 de abril, uma conferência, designada ‘Construir o futuro, valorizando a memória’, alusiva ao 49º aniversário do 25 de Abril de 1974. O encontro contou com a opinião de convidados da área social democrata e do CDS/PP. Nuno Melo, presidente nacional do CDS, também esteve presente.
A iniciativa foi do Gabinete de Estudos do PSD/Póvoa, liderado por André Tavares Moreira, ao reunir no jantar de terça-feira cerca de 100 pessoas, no restaurante Zé das Letras, local escolhido para também homenagear o fundador do espaço, já falecido, um apaixonado militante social-democrata.
Ao introduzir o tema, André Tavares Moreira lembrou os valores social-democratas e “aquilo em que acreditamos, como também pensar o futuro”. O advogado recordou o facto de o país já ter sido liderado pela Aliança Democrática (PSD e CDS), e por isso o convite ter sido extensivo a políticos ligados ao CDS.
Presente no jantar, Luís Diamantino, presidente da concelhia do PSD/Póvoa, disse estar num local com memória, em que o seu fundador, Zé das Letras, “era um homem que não se dobrava, um homem de bravura”, e aproveitou o momento para afirmar que “os poveiros são pessoas gratas ao reconhecerem no PSD o trabalho que tem feito na Câmara”. Sublinhou, ainda “a diferença da Póvoa de 1974 e de agora”, garantindo ainda “que o PSD é um partido de todas as classes”.
Por sua vez, os oradores convidados, Aires Pereira, presidente da Câmara da Póvoa, de Paulo Núncio, ex-Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, e Margarida Balseiro Lopes, vice-presidente do PSD, foram unanimes nas críticas à atual governação do país, “sem estratégia”. A falta de crescimento económico, uma crescente despesa pública e da carga fiscal, a lentidão da justiça, e o falhanço nas políticas de habitação, educação e saúde, foram referidos no ambiente político.
Aires Pereira, até foi mais longe nas suas preocupações, ao dizer que o Governo socialista “safou o nome da Póvoa de Varzim do mapa”, e esclareceu: “Tenho vivido sempre com o governo socialista. Nunca tivemos a visita de um governante para tratar um assunto sério. Não é uma governação democrática”. “Não se cumpre Abril quando não há voz critica da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) no que se passa quanto à descentralização”, e lembrou o socialista Mário Almeida, antigo presidente da Câmara de Vila do Conde e da ANMP, que defendia “todos os municípios”.
No final, André Tavares Moreira, explicou que nova sessão política já está a ser preparada. Será sobre o25 de Novembro, com contributos de testemunhos e novos oradores para refletirem sobre a data.