Presidente da Câmara da Póvoa apela para que a pressão continue contra o mau cheiro do aterro de Paradela

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O presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim considera que os maus cheiros do aterro de Paradela, gerido pela Resulima, constituem “incompetência, falta de cuidado e falta de respeito pelas populações”.

Na inauguração da Casa Mortuária em Laúndos, no passado domingo, Aires Pereira destacou a “importância que temos de estar todos unidos e juntos para podermos continuar a lutar pela dignidade e por aquilo que importa à qualidade de vida da população de Laúndos e das freguesias envolventes”.

“Pareceria que estava tudo bem, estávamos a fazer tudo dentro da normalidade, quando fomos confrontados com a incompetência, com a falta do cuidado e com a falta de respeito pelas populações quando nos encostaram no aterro, e em pleno século XXI, somos obrigados a recuar mais de 30 anos e voltar a cheirar aquilo que já pensávamos que estava afastado da nossa realidade”, disse.

Segundo o autarca, é necessário ouvir a voz da população “para repormos aquilo que são as condições de habitabilidade, as condições de dignidade que a população de Laúndos e as populações envolventes merecem”.

Apelo para que “a pressão continue”

“É inaceitável que, em pleno século XXI, se façam equipamentos para resolver passivos ambientais e que eles próprios sejam um passivo ambiental negativo, ao pôr em causa a qualidade de vida, ao depreciar aquilo que é a economia local, ao criar problemas, algo que nós achávamos que já estava devidamente afastado das populações e daquilo que deviam ser estes equipamentos de referência”, continuou.

Nesse sentido, apelou a que continue “a pressão”, e prometeu que “serei sempre uma voz incómoda neste aspeto. Lutamos todos muito para o encerramento de uma lixeira que não nos dignificava. Lutamos todos muito para que não fosse feito um novo equipamento que pudesse pôr em causa essa qualidade. Infelizmente, não temos visto por parte da administração central o mesmo respeito, o mesmo empenho para que equipamentos como este, se não tenha condições para laborar, deviam obrigatoriamente estar encerrados”, terminou.