IPMA prevê “subida generalizada dos valores da temperatura” a partir de quinta-feira

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Foto: lifeforstock/Freepik

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê uma subida da temperatura, especialmente da máxima, a partir de quinta-feira (22), subida essa que contribuirá para uma “onda de calor no final do mês de junho”. No entanto, até quarta-feira, “existem condições de instabilidade”, pelo que poderão ainda ocorrer aguaceiros nas regiões Norte e Centro.

Em comunicado, lançado no final da tarde de segunda-feira, o IPMA explica que a “situação meteorológica de tempo quente, seco e estável” prevista é causada pela “imposição de uma crista anticiclónica entre o Golfo da Biscaia e o arquipélago da Madeira” que “dará origem a uma circulação que trará em altitude uma massa de ar com origem no Norte de África”.

Assim, a partir de quinta-feira, é de esperar “uma subida generalizada dos valores da temperatura”, com temperaturas máximas “acima de 30°C na generalidade do território, com exceção de alguns locais na faixa costeira ocidental”. No interior, esperam-se “valores entre os 35 e 40°C” e, na região Sul, os termómetros devem ultrapassar os 40ºC.

A temperatura mínima também deve aumentar, sendo que, em vários locais do Centro e Sul, são previstas noites tropicais, com mínimas acima de 20ºC.

“A tendência aponta para uma persistência de valores elevados de temperatura nos dias seguintes, pelo que é muito provável a emissão de avisos de tempo quente válidos a partir de dia 23 de junho, dia em que máximas terão uma subida generalizada de 4 a 7°C”, indica o IPMA, que aponta também para a “ocorrência de uma onda de calor no final do mês de junho, de modo que se aconselha a seguir as orientações da DGS para situações de tempo quente”.

Para além da temperatura quente, “o vento soprará geralmente fraco a moderado, predominando do quadrante norte, soprando por vezes forte no litoral a partir da tarde devido ao reforço do efeito de brisa”.

Dados todos estes fatores, aliados a “valores baixos da humidade relativa do ar”, o IPMA alerta para um “aumento significativo do Perigo de Incêndio Rural”. Vários concelhos do interior Norte e Centro, bem como no Sul, são classificados com valores de PIR máximo ou muito elevado, com implicações na restrição ao uso do fogo e das atividades permitidas em meio rural.

“Acrescenta-se também que em condições de céu pouco nublado ou limpo nesta época do ano muito próxima ao solstício de verão, o índice de radiação ultravioleta irá atingir valores muito elevados”, avisa o IPMA.