Mateus Torrão, de 16 anos, participa na rusga há três. Afirma que as festas de S. Pedro estão já “no nosso sangue como poveiros”. Desde pequeno que acompanha os festejos, e não vai parar tão cedo: “só a alegria de ver, de participar e festejar com o nosso bairro é espetacular”. O mesmo afirma Beatriz Fernandes. Aos 18 anos, anda na rusga há nove. “Para mim, não tem sentido o S. Pedro sem ir na rusga. Houve um ano que eu não consegui ir e fui atrás a chorar”, admite.
“É uma coisa que só se sente”, garante Beatriz, reiterada por Bruna Fangueiro, de 19 anos. “Ando no Belém há seis anos. O S. Pedro começou para mim desde pequeninha e é uma magia que não se consegue explicar”, diz. Também Ricardo Lopes afirma o mesmo. Também participa na rusga há seis anos, e o amor ao bairro mantém-no. “É uma coisa que não dá para largar”.
A Póvoa de Varzim tem seis bairros tradicionais, distintos nas localizações, nas cores e nos nomes. Porém, há uma paixão que os une: o amor às festas de S. Pedro. O bairrismo, passado de geração em geração, é também algo que não falta nem pode faltar – é o que testemunham os membros da Rusga da Póvoa, que reúne dois pares de cada bairro. Nesta série de vídeos, damos a conhecer os elementos da Rusga deste ano.