Chuva forte, vento e agitação marítima em Portugal continental a partir da tarde de dia 1

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A depressão Ciarán não vai passar por Portugal continental, mas os efeitos colaterais vão afetar o território já a partir de dia 1 de novembro, quarta-feira. Isto deve-se a um sistema frontal associado à depressão, que vai atravessar o continente durante a madrugada e manhã de dia 2.

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), “a partir do final da tarde de dia 1 e durante o dia 2, prevê-se um aumento da intensidade do vento, que soprará de sudoeste forte no litoral, em especial no litoral oeste, e nas terras altas, com rajadas da ordem de 70/80 km/h e 90/100 km/h, respetivamente”.

Está prevista também “precipitação por vezes forte, em especial nas regiões Norte e Centro, onde deverá ser persistente”.

Para além disso, o IPMA avisa que “haverá um aumento muito relevante da agitação marítima no dia 2 na costa Ocidental, onde as ondas deverão ser de noroeste e atingir 5 a 7 metros de altura significativa, e com uma probabilidade elevada de ultrapassar os 7 metros, nomeadamente a norte do Cabo Raso. Este episódio dever-se-á prolongar até dia 6 de novembro”, segunda-feira.

Capitanias lançam alertas

Dada a previsão de mau tempo, as Capitanias dos Portos da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde lançaram um comunicado operacional no qual alertam para o agravamento da agitação marítima.

Entre as 21 horas de amanhã (1) e as 9 horas de quinta-feira (2), vigora o aviso amarelo, com previsão de ondas de noroeste com 4 a 5 metros. Depois, até às 7 horas de sexta-feira (3), vigora o aviso laranja, com ondas de noroeste com 5 a 7 metros, podendo atingir a altura máxima de 14 metros.

É recomendado à comunidade piscatória e da náutica de recreio que se encontra no mar, o regresso ao porto de abrigo mais próximo e a adoção de medidas de precaução, evitando sair para o mar até que as condições melhorem. As barras estão fechadas e está também encerrado o acesso pedonal aos molhes das barras.

As recomendações passam por evitar circular na orla costeira e zonas ribeirinhas, promover a vigilância e proteção de infraestruturas junto à linha da costa, proteger da ação do mar as máquinas utilizadas em obras ao longo da costa, reforçar a vigilância das amarrações das embarcações atracadas no cais e marinas ou fundeadas/amarradas, acautelar a remoção, para locais seguros, de embarcações varadas em locais que possam ser afetados pela ação do mar e do vento, e primar por uma postura de segurança e de preocupação ativa, não assumindo comportamentos de risco.