“Jogamos em casa e temos de dar a volta e jogar para ganhar, sem medo”

0
1578

“Este é um jogo extremamente importante para nós”, considerou, ao final da manhã desta sexta-feira, Vítor Paneira, treinador do Varzim, na antevisão ao jogo de sábado, às 17h, na receção ao Vianense, último classificado da Série A da Liga 3. O Varzim parte para este encontro no 4º lugar e não pode perder, para não permitir que Anadia e Braga B possam disputar a posição que dá acesso à fase de subida. Leia aqui, o que disse o técnico alvinegro.

O Varzim está a precisar de vitórias e vai entrar num ciclo em que, a jogar em casa, pode ir ao encontro dessa expectativa? A gente vem de duas derrotas que nos penalizaram muito e que não é normal. Não estamos habituados a perder 2 vezes seguidas e não pode acontecer. Não podemos estar à espera de desculpas. Não fomos competentes nos dois jogos, perdemos e agora temos de dar resposta no próximo jogo, amanhã. Sabemos o quanto somos fortes em casa, aquilo que temos de fazer e o compromisso que temos de ter com a equipa e com o jogo. Todos temos de dar mais neste jogo. Este jogo é extremamente importante para nós. Pode ser aqui também um bom jogo e um jogo que nos possa libertar também de alguma pressão que possa haver que, para mim, a pressão é sempre relativa, naturalmente, mas para alguns jogadores pode haver alguma pressão. Amanhã, será o dia de encarar o jogo de frente, o adversário de frente, com todo respeito, mas jogamos em casa e temos de dar a volta nisto e jogar para ganhar, sem medo.

Há um Varzim diferente, quando joga em casa ou fora? Particularmente, os jogos em casa são, em todos os campeonatos, extremamente importantes para quem quer ter objetivos altos. Vencer os jogos em casa é meio caminho andado para o quer que seja, quer para manutenção, quer para subir de divisão e naturalmente ter um registo diferente também fora de casa. Estes dois jogos, foram jogos em que nós até estivemos bem a espaços. Não vale a pena estar a recordar que isso é passado, mas são jogos em que nós, a partir de certa altura, começamos a ser mais competitivos. Neste jogo, o compromisso tem de ser total com o jogo e com a vitória. Temos de tentar ganhar este jogo perante um adversário que vem de uma vitória expressiva frente ao Sporting de Braga, que não jogou a última jornada, o treinador é novo. Portanto, teve 15 dias para trabalhar. Naturalmente, traz as suas ideias e as suas dinâmicas, e nós temos de estar preparados para isso.

O Varzim perdeu com o Braga B e este Vianense venceu o Braga B. Que perigos acarreta esta equipa? Há sempre uma zona cinzenta, até porque os graus de motivação, quando chega um treinador novo e quando resulta, outras vezes não, há sempre uma motivação diferente. Os jogadores querem-se mostrar para o treinador, querem mostrar as suas capacidades. Sabemos que é uma equipa que joga numa linha de 5-3-2. Este treinador, quando esteve na Finlândia, usou muito o sistema do 4-3-3. Vamos perceber e vamos entender isso. A verdade é que a equipa vem de uma vitória. Pode não querer mexer. Parece-me também que seja o mais razoável, mas é uma equipa que tem bons jogadores, com qualidade, bons na transição, e temos de ter cuidados. Eles aproveitaram claramente 2 erros graves do Sporting de Braga numa primeira fase de construção que nós não conseguimos aproveitar e fizeram um resultado que é justo e expressivo perante um jogo com muitas oportunidades de jogo.

Por algumas lesões, mas também por opções, o Varzim tem alterado constantemente o 11 em todos os setores, basicamente. Isso pode estar a prejudicar a equipa? Eu como treinador gostaria de ter um 11 estável. A verdade é que fomos tendo lesões desde o primeiro jogo, ou melhor, já para o primeiro jogo tivemos alguns jogadores que não puderam dar o seu contributo, e a partir daí foi sempre difícil ter uma equipa no seu máximo. Ainda esta semana aparentávamos ter tudo mais ou menos normal e aconteceu uma situação há 2 dias, portanto, isso são situações que nós temos de gerir. É verdade e eu gostaria de ter estabilidade no 11, ter um 11 mais estável, mais regular. Não tenho conseguido, mas vou com certeza vou conseguir. Estou perfeitamente à vontade, não deixei de ser competente. Agora, quando não se ganha, todos os treinadores são incompetentes. Eu tenho a certeza de que vou fazer um bom trabalho aqui no Varzim, não tenho qualquer dúvida sobre isso, que estou completamente focado naquilo que é o Varzim e aquilo que é objetivo do Varzim. Temos de trabalhar, não vale a pena muitos discursos e apelar ao que quer que seja. É arregaçar as mangas e entrar amanhã com tudo e jogar com raça. Há 3 coisas que caracterizam o Varzim: alma, raça e orgulho. Nós, temos de ter permanentemente isso connosco, portanto é isso que temos de fazer, é isso que eu disse aos jogadores. E tenho a certeza de que os jogadores estão à espera do jogo de amanhã, já desde a semana passada.

No seio do Varzim começa-se a falar muito da possível mudança para SAD. O que esta situação pode afetar o balneário? Ultrapassa-me, como sabe sou treinador. Há tempos dei a minha opinião sobre aquilo que os clubes deviam caminhar, mas é um assunto em que eu não vou sequer interferir. É um assunto que diz respeito aos sócios. Eu também sou sócio, mas que não tenho de me manifestar. São assuntos para serem resolvidos em Assembleia. As pessoas têm as suas ideias. O que vier para a frente, nós estamos cá preparados. O Varzim, com certeza, pela grandeza que tem, pelo historial que tem, vai seguir bem em frente.