Governo certifica Caminho Português de Santiago Central, que passa pela Póvoa e Vila

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O Governo certificou o Caminho Português de Santiago Central – Porto e Norte, que tem uma extensão de 177,8 quilómetros e atravessa 13 municípios, incluindo a Póvoa de Varzim e Vila do Conde. Segundo a portaria publicada nesta terça-feira (19) em Diário da República, a certificação foi assegurada dada a “importância patrimonial, histórica e cultural” do Caminho.

A certificação “visa reconhecer e preservar o património cultural e natural associado ao Caminho de Santiago e assegurar os serviços de apoio adequados aos peregrinos”.

Na portaria, assinada pelo secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços e pela secretária de Estado da Cultura, lê-se que “é certificado como itinerário do Caminho de Santiago o Caminho Português de Santiago Central – Porto e Norte”.

São também “reconhecidos como de elevado valor patrimonial o traçado histórico do Porto (entre a entrada norte da Ponte D. Luís e a Praça de Carlos Alberto), o traçado histórico de Barcelos (entre o Largo do Tanque em Barcelinhos e o Largo do Bem Feito em Barcelos) e o traçado histórico de Ponte de Lima (entre a Capela de Nossa Senhora da Guia em Ponte de Lima e o Largo da Alegria em Arcozelo)”.

O Mosteiro da Junqueira (Vila do Conde) e a Igreja Românica de S. Pedro de Rates (Póvoa de Varzim) são alguns dos “vestígios arqueológicos associados à afirmação e expansão do culto em Portugal e exemplares de arquitetura religiosa e viária” que se encontram no Caminho Central – Porto e Norte, indica a portaria.

O Caminho Português de Santiago Central – Porto e Norte para Santiago de Compostela, na Galiza, é o quinto itinerário a ser certificado pelo Governo em todo o país, e o terceiro no Norte.

“O itinerário assenta na antiga Estrada Real, que decalca em grande medida as principais vias romanas Norte-Sul (nomeadamente o itinerário XVI de Antonino entre Lisboa e Braga), que serviam de «espinha dorsal» dos Caminhos Portugueses de Santiago. O facto de o trajeto entre Porto e Valença ser o mais curto e retilíneo terá beneficiado do investimento na infraestruturação do percurso durante o período medieval, destacando-se o século XIII como a «idade de ouro» para a construção de pontes”, refere a portaria.